Notas rápidas internacionais 11/05/18
– Um memorando de 11 de abril de 1974 de William Egan Colby (diretor da CIA) para o Secretário de Estado, Henry Kissinger, veio a conhecimento publico ontem (10) e revelou um Geisel que não tem nada a ver com sua difundida imagem de controlador dos “excessos” e promotor da “abertura lenta, gradual e segura”. São documentos da CIA agora públicos por perda de sigilo e escrutinados pelo pesquisador e professor da FGV Matias Spektor.
– No meio do memorando da CIA há um número. Informa que 104 pessoas haviam sido eliminadas no ano anterior, o que pode indicar conhecimento por parte do exército de detalhes sobre nomes e paradeiros de várias pessoas que até hoje eles negam ter.
– Cresce a tensão entre Irã e Israel no Oriente Médio. Benjamin Netanyahu tem andado com 55 mil páginas e 180 CDs embaixo do braço para “provar as mentiras do Irã” a respeito de seu programa nuclear e dizer que Israel tem o direito de atacar pontos da Síria (alegadamente com presença iraniana) por estar sendo ameaçado.
– Trump voltou a atacar o Irã nesta quinta (10) e dizer que o país é o “principal Estado patrocinador do terrorismo”.
– Será no dia 12 de junho, em Cingapura, o encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un. A Cingapura é uma pequena cidade-Estado e hoje um dos mais desenvolvidos países do sudoeste asiático. Em 2015 sediou reunião entre Xi-Jinping e Ma Ying Jeou (presidente taiwanês).
– Brasil deve ter safra recorde de soja em 2018 com 115,6 milhões de toneladas (IBGE).
– Petrobras voltou a ser a empresa com maior valor de mercado na Bolsa, posto que havia perdido em 2014.
– Líderes do parlamento italiano, Matteo Salvini (Liga Norte) e Luigi Di Maio (M5E) pedem até domingo para informar sobre formação de governo.
– Mauricio Macri, presidente da Argentina, trabalha para que o FMI emita comunicado antes de segunda-feira dizendo que o acordo está encaminhado. Para tanto, busca apoio internacional do G-7 e outros países. Por óbvio, o Fundo tenta impor condicionantes como a flexibilização das leis trabalhistas e mudanças no sistema de previdência. Em Washington já há críticas pelo fato do acordo não ter sido costurado secretamente e ter sido anunciado precipitadamente para ajudar Macri com a opinião pública. “Nunca um presidente anuncia algo que está começando a ser tratado” é o que dizem os jornais, sobre uma decisão que parece ter surgido na madrugada anterior ao anúncio de Macri na última terça (8).
– 70 milhões de litros de água contidos em uma represa rompida no Quênia destruíram grande parte de duas cidades do sudoeste do país, levando, escolas, faculdades, centros comerciais e deixando cerca de 50 pessoas mortas e inúmeras desaparecidas.
– Novos protestos com mortes na Nicarágua ocorreram ontem (10). Na região da Universidade Politécnica (UPOLI) na zona leste de Manágua.
– Líder independentista catalão Carles Puigdemont gravou vídeo da Alemanha, onde se encontra exilado, e anunciou que desiste de ser o presidente da região e indica o nome do parlamentar catalão Quim Torra como candidato à sua sucessão. Parlamento catalão tem até 22 de maio para decisão.
– Foram retomadas nesta quinta (10) em Havana as negociações entre o Governo da Colômbia e a ELN (Exército de Libertação Ncional).
– Documento da Cepal aponta Bolívia e Uruguai como modelos de desenvolvimento econômico sustentável para a região.
– Facebook vai lançar no Brasil o “programa de verificação de notícias”. Caberá a duas agências, Lupa e Aos Fatos, que fazer a verificação de notícias denunciadas como falsas pelos usuários da rede. Este mecanismo já é utilizado nos EUA e reduziu, segundo dados do Face, em até 80% o alcance das fake news.