No dia 29 de setembro, o Memorial da Resistência, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, realizará mais uma edição do Sábado Resistente, projeto realizado em parceria com o Núcleo de Preservação da Memória Política. O evento acontece às 14h00, com um interessante debate sobre os efeitos da Assembleia Constituinte que deu origem à sétima Constituição do país no dia 5 de outubro de 1987, há exatamente 30 anos. 

Instalada ainda no início do ano de 1987, dois anos apenas após a derrocada da ditadura civil-militar, foi instalada sob a presidência do ministro Moreira Alves, tendo sido seu relator Bernardo Cabral. Vista como sinal de ruptura com o regime autoritário, a nova Constituição que foi aprovada recebeu de Ulisses Guimarães o título de “Constituição Cidadã”, justamente por exigir a harmonia e independência dos Poderes e elencar uma serie de direitos e garantias individuais que   tinham sido ignorados nos anos precedentes pelos ditadores no poder.

Passados 30 anos de sua promulgação, o que restou desta Constituição Cidadã nos dias de hoje? E o que se pode vislumbrar para o futuro, mergulhados todos hoje em discussões com vieses de intolerância e desrespeito aos princípios mais elementares dos Direitos Humanos?

É isso que trataremos de debater neste Sábado Resistente que terá a presença de Aldo Arantes, ex-preso político, José Genoíno, ex-presidente do Partido dos Trabalhadores e Renan Quinalha, Presidente do Conselho Administrativo do Núcleo de Preservação da Memória Política.

PROGRAMAÇÃO

14h00 – Boas vindas – Marilia Bonas  (Memorial da Resistência de São Paulo)

14h15 – Início das exposições

Mediação:
Renan Quinalha (Núcleo de Preservação da Memória Política) 

Expositores:
Aldo Arantes – Político, exerceu mandato de   deputado federal por 4 vezes, tendo sido deputado constituinte em 1987.
Iniciou sua militância política no movimento estudantil em Goiânia e foi integrante da Juventude Universitária Católica (JUC) , foi presidente do DCE da PUC- RJ e ex presidente da UNE entre os anos de 1961 e 1962. Foi militante e coordenador da Ação Popular. Após o golpe militar de 1964 se exilou no Uruguai, voltando no ano de 1965 para atuar na resistência ao regime. Em 1972, juntamente com a maior parte dos militantes da AP, ingressou no Partido Comunista do Brasil (PCdoB), cujo comitê central passou a integrar.
Em dezembro de 1976 foi preso, durante o desmantelamento da célula partidária que se reunia no bairro da Lapa, em São Paulo. Em julho de 1977, foi condenado a cinco anos de prisão. Permaneceu preso até agosto de 1979, quando foi beneficiado pela anistia.

José Genoino:  Ex-guerrilheiro e político brasileiro, ex-presidente do Partido dos Trabalhadores e ex-deputado federal pelo estado de São Paulo. Foi titular da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados

Renan Quinalha: Professor de Direito da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Doutor em Relação Internacionais na Universidade de São Paulo. Mestre com distinção em Teoria Geral e Filosofia do Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Graduando em Ciências Sociais na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

SERVIÇO:
Memorial da Resistência de São Paulo
Endereço: Largo General Osório, 66 – Luz – Auditório Vitae – 5º andar
Telefone: (011) 3335-4990 | faleconosco@ memorialdaresistenciasp.org.br
Aberto de quarta a segunda (fechado às terças)
Entrada Gratuita