Manifesto de seis fundações partidárias em defesa do regime democrático no Brasil
Manifesto de seis fundações partidárias
Em defesa do regime democrático no Brasil
A democracia, em qualquer lugar do mundo, não se apresenta enquanto regime político pronto e acabado, pois tende a refletir, em geral, um processo maior que se submete à construção permanente. No Brasil, cuja cultura prática democrática tem sido efêmera, a sua defesa se faz sempre muito necessária, sobretudo no atual momento em que sofre ameaças profundas de retrocessos.
Mas a sua defesa não pode tão somente se limitar à defesa da realidade atualmente identificada, com diversas incongruências constatadas por todos brasileiros (as) defensores da democracia. O seu aperfeiçoamento requer garantir o que já foi conquistado, bem como avançar para além da situação atual de direitos, liberdades e deveres de todos.
Alargar compromissos democráticos torna-se fundamental frente aos riscos de retrocessos à institucionalidade estabelecida pelo pacto político instaurado pela Constituição Federal de 1988. A possibilidade iminente de o país sofrer o desastre da instauração de um governo de conteúdo ditatorial do choque de totalitarismo reacionário, enquanto reação às garantias políticas, econômicas, culturais e sociais da liberdade democrática, precisa ser urgentemente contida por ação por uma tomada de posição dos (as) brasileiros (as) de todo brasileiro.
Para muito além do resultado da disputa eleitoral atual que se encontra sob a forte ameaça pelo movimento de natureza fascista, a sobrevivência do regime democrático pressupõe ir além da opção por candidatura presidencial. Por isso, a constituição de uma ampla frente política nacional de defesa da democracia assume caráter fundamental, contando com a manifestação de todos (as) que defendem a prevalência da ordem democrática em nosso país.
Assinam presidentes das seguintes Fundações:
Felipe do Espirito Santo, Fundação da Ordem Social (PROS)
Francisvaldo Mendes de Souza, da Fundação Lauro Campos (Psol)
Alexandre Navarro, da Fundação João Mangabeira (PSB)
Manoel Dias, Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (PDT)
Marcio Pochmann, da Fundação Perseu Abramo (PT)
Renato Rabelo, da Fundação Maurício Grabois (PCdoB)