Julgamento de assassinos de Carlos Danielli: desembargador pede vista
O MPF denunciou o coronel e ex-chefe do DOI-Codi, Carlos Alberto Brilhante Ustra, o servidor aposentado Aparecido Laertes Calandra e o delegado Dirceu Gravina por homicídio qualificado com emprego de tortura na morte de Danielli. O recurso tenta reverter decisão do juiz federal da 1ª Vara Criminal, em 2015, que rejeitou a denúncia invocando a Lei da Anistia. A punibilidade criminal contra Ustra, no entanto, foi extinta com a sua morte, em 2015.
Contra a decisão que rejeitou a denúncia, o Ministério Público Federal interpôs um recurso, chamado “recurso em sentido estrito”, que será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (segundo grau). O recurso estava na pauta da sessão de 23 de outubro da 11ª Turma, mas o julgamento foi suspenso por pedido de vista do desembargador federal Nino Toldo.
O relator do recurso é o desembargador federal Fausto De Sanctis, da 11ª Turma do TRF3. O número do processo é 0009756-70.2015.4.03.6181.
Em anexo, para download, a decisão de primeiro grau, que rejeitou a denúncia e é objeto do recurso do MPF que será analisado pela 11ª Turma.
Leia também:
Carlos Danielli e a homenagem de Bolsonaro a Ustra
O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), ao homenagear um facínora, o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, toca em feridas abertas pelos torturadores do regime militar e achincalha a memória de democratas e patriotas.
Ustra e o sangue de Carlos Danielli
O nome do torturador e assassino Carlos Alebrto Brilhante Ustra lembra o sangue de um heroi, de um exemplo de dedicação infinita à causa do socialismo: Carlos Nicolau Danielli.