Manuela d’Ávila é vítima de fake news e cobra investigação
No final de 2018, em sua mensagem natalina, a deputada estadual Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) anunciou que, a partir de 2019, dedicaria parte de sua vida “para combater redes de notícias falsas e de conteúdos de ódio”. Na mensagem, Manuela relata episódios de agressão dos quais foi vítima por conta de notícias falsas, alguns, inclusive, quando estava com sua filha Laura, ainda bebê, no colo. “Laura apanhou aos 45 dias de uma pessoa desequilibrada a partir de uma mentira que circulou nas redes”, desabafou a deputada comunista.
Manuela afirmou também que os episódios ao longo de sua trajetória deram-lhe condições de enfrentar a disputa presidencial. “Em 2018 fui alvo de todo tipo de montagem. Destruíram meu corpo, manipularam minhas palavras, fizeram com que conhecidos rompessem relações comigo por acreditarem em notícias falsas. Chegamos ao fundo do poço e tentaram me levar lá pra baixo” (…) “Mas eu não fui para o fundo do poço”, afirmou.
O ano novo mal começou e a deputada comunista já é novamente caluniada nas redes sociais com a acusação de que, ao lado do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), seria suspeita de mandar Adélio Bispo cometer o atentado contra Jair Bolsonaro, em setembro de 2018, durante a campanha eleitoral. A falsa acusação já havia atingido Wyllys depois que ele anunciou a decisão de não assumir o mandato que conquistou na recente eleição e residir no exterior para preservar sua integridade física em razão das graves ameaças que tem sofrido. Amiga do parlamentar psolista, Manuela lamentou que ele tenha renunciado ao mandato e manifestou solidariedade.
Manuela não falou diretamente sobre a nova acusação inverídica, mas postou uma mensagem cobrando investigação sobre o atentando contra Bolsonaro como forma de cessar a circulação de notícias falsas sobre o tema. “Existe uma forma das fake news com a facada amplamente televisionada do Presidente acabarem: a investigação esclarecer ao Brasil tudo sobre o episódio”, disse ela.
A direção do PCdoB informou que está acompanhando os fatos e tomará medidas judiciais para que a agressão contra Manuela d’Ávila seja rigorosamente investigada e seus responsáveis punidos.