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Fabien Roussel reconduzido como líder do Partido Comunista Francês

13 de abril de 2023

O ex-candidato presidencial, que sucedeu a Pierre Laurent em 2018, obteve 80,4% dos votos no 39º Congresso do partido em Marselha

O ex-candidato presidencial, que sucedeu a Pierre Laurent em 2018, obteve 80,4% dos votos no congresso do partido em Marselha

Na última segunda-feira (10/04), Fabien Roussel foi reeleito secretário nacional no 39º Congresso do Partido Comunista Francês (PCF) realizado em Marselha. O deputado obteve 80,4% dos votos (ou seja, 540 dos 672 votantes).

Fabien Roussel, de 53 anos, lidera o PCF desde novembro de 2018. Sua reeleição não trouxe surpresas. Candidato às eleições presidenciais de 2022 – 2,3% dos votos no primeiro turno – Fabien Roussel foi aclamado por suas posições afirmadas dentro da Nova União Popular, Ecológica e Social (Nupes) contra A França Insubmissa de Jean-Luc Mélenchon.

Tensão entre o PCF e a França Insubmissa

Na abertura do 39º Congresso na sexta-feira, Roussel levantou a voz contra A França Insubmissa. Para o líder comunista, o Nupes estaria “ultrapassado” e deveria expandir para a centro-esquerda. A França Insubmissa não gostou da declaração e pediu esclarecimentos. “Cuide da sua vida”, respondeu Roussel. Jean-Luc Mélenchon criticou no seu Twitter a “agressividade” de Roussel e observou que “já dura três anos em todos os aspectos, antes e depois do Nupes”.

De fato, a tensão tem subido desde o ano passado. Na eleição presidencial de 2022, Mélenchon teve 22% dos votos no primeiro turno contra 23% da candidata de extrema-direita Marine Le Pen. Roussel teve apenas 2% dos votos. Os apoiadores de Mélenchon acreditam que se o PCF tivesse apoiado a França Insubmissa, o segundo turno contra o presidente Emmanuel Macron teria sido diferente.

Mas há quem ainda insista na unidade. No sábado, Manuel Bompard, coordenador da França Insubmissa, encontrou Fabien Roussel no congresso de Marselha. “Não pretendo me zangar” com ele, comentou, “no atual período e na importantíssima batalha das aposentadorias, não é hora de atirar contra o próprio lado”.

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