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Secom dá direito de resposta para famílias das vítimas da Guerrilha do Araguaia

12 de junho de 2023

Publicação, em todas as contas oficiais das redes sociais da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal (Secom), restabelece a verdade e a dignidade das vítimas das atrocidades da ditadura. Além de um ato de justiça, trata-se de necessária reparação histórica.

Publicação, em todas as contas oficiais das redes sociais da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal (Secom), restabelece a verdade e a dignidade das vítimas das atrocidades da ditadura. Além de um ato de justiça, trata-se de necessária reparação histórica.

Em cumprimento de decisão judicial, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República publicou nesta segunda-feira (12/6), em todas as suas contas oficiais nas redes sociais, direito de resposta a uma postagem realizada nos perfis da SECOM no dia 5 de maio de 2020, durante a gestão de Jair Bolsonaro.

Em 5 de maio de 2020, as redes sociais do governo de Jair Bolsonaro exaltaram como herói o coronel da reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura, conhecido como Major Curió, condenado por tortura durante a ditadura militar. O Major Curió foi um dos principais responsáveis pelos assassinatos dos militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) que atuaram na Guerrilha do Araguaia. O próprio Curió afirma que o exército executou 41 guerrilheiros no Araguaia.

Em 2020, familiares das vítimas do Major Curió entraram com uma ação na 8ª Vara Cível Federal de São Paulo contra a União e o torturador Sebastião Rodrigues Moura, exigindo na Justiça o direito de resposta. A gestão Bolsonaro recorreu e protelou, em vão, ao cumprimento da justa decisão.

A nota da SECOM publicada hoje diz que:

O governo brasileiro, na atuação contra a guerrilha do Araguaia, violou os Direitos Humanos, praticou torturas e homicídios, sendo condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por tais fatos. Um dos participantes destas violações foi o Major Curió e, portanto, nunca poderá ser chamado de herói. A SECOM retifica a divulgação ilegal que fez sobre o tema, em respeito ao direito à verdade e à memória.”

O Major Curió morreu em 2022, sem nunca ter sido punido pelas atrocidades que cometeu.