A campanha sistemática movida por parte da mídia e das corporações contra a indicação do economista Marcio Pochmann para a presidência do IBGE, demonstra a tentativa de captura da pauta econômica do governo Lula pelos setores neoliberais. 

Todo economista que se arvora em defender estratégias para o mundo do trabalho, defenda a reindustrialização e questione a pornográfica dominação pelo rentismo da economia nacional é visto com reprovação pelos adeptos da “mão invisível” do mercado. Querem a todo custo pela via da pressão direta ou plantação de notas tirar a credibilidade do presidente eleito de indicar quem ache adequado para os cargos. 

Ignoram a formação e a capacidade de gestão dos indicados impondo uma verdadeira “camisa de força” sobre o governo. 

Quem é Marcio Pochmann 

Marcio Pochmann, formado em economia pela Universidade federal do Rio Grande do Sul é doutor em Ciências Econômicas pela Universidade de Campinas- Unicamp onde atualmente leciona. Ocupou ao longo de sua trajetória diversos cargos: foi supervisor no DIEESE, Secretário de Trabalho na Prefeitura de São Paulo e presidente do IPEA. 

Foi presidente da Fundação Perseu Abramo, sendo um dos articuladores da criação do Observatório da Democracia, entidade que congrega os partidos progressistas no Brasil. 

Estudioso do mundo do trabalho, Pochmann é autor de dezenas de trabalhos e livros publicados. Em 2002 venceu o Prêmio Jabuti, na categoria “Economia, Administração e Direito”, com seu livro A Década dos Mitos”. Neste ano foi considerado o 7º colocado entre os 100 maiores cientistas em economia e econometria da América Latina. 

Sendo assim , as fundações que subscrevem essa nota declaram publicamente a indicação de Marcio Pochmann para presidir o IBGE em respeito a democracia e a soberania daquele que eleito pelo voto popular, indique para o cargo quem ache mais adequado. 

Observatório da democracia, 28 de julho de 2023.