Neste fim de semana, dias 13 e 14 de janeiro de 2024, ocorre o tradicional Festival dos Abraços 2024, do Partido Comunista do Chile, no Parque O’Higgins, Santiago. É a sua 35ª edição. O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) está representado pela secretária de Relações Internacionais, Ana Prestes. No sábado, participou o presidente da República, Gabriel Boric, que compareceu com seus ministros. Além de dirigentes e militantes do PC do Chile e de representantes estrangeiros, participam também várias forças de esquerda.

Ana Prestes, de vestido verde quadriculado. À sua esquerda, Camila Vallejo, ministra Secretária-Geral do Governo e Marcos Barraza, secretário de Comunicação do PC do Chile. À sua direita, Daniel Torre, do Partido Comunista da Argentina.

Boric afirmou ter orgulho em voltar a participar no Festival dos Abraços, ao qual sempre comparece. Lembrou que no ano passado se tornou o primeiro presidente a participar do Festival. O presidente destacou o valor histórico do Partido Comunista nas lutas do povo chileno. “Esse abraço que aqui nos damos também continua sendo um ato de resistência e rebeldia, porque mostra que estamos juntos e que, estando juntos, somos muito mais fortes para lutar pela construção de um Chile mais justo e digno.”

Cerca de cinco mil pessoas participaram da abertura do festival, que conta também com variedades gastronômicas, artesanais e artísticas, como Sonora de Tommy Rey, Javiera Parra Trío, Inti-Illimani, Los Cadillacs Pirata e Pascuala Ilabaca, além do musical “Víctor sin Víctor Jara” e Murga La Lucha.

O presidente do PC do Chile, Lautaro Carmona, homenageou líderes comunistas históricos, como Gladys Marín, Guillermo Teillier, Luis Corbalán e Volodia Teitelboim. Também falou da importância de lideranças atuais, como Camila Vallejo, Karol Cariola e Nicolás Cataldo.

Lautaro Carmona disse que o Festival dos Abraços é uma tradição no mundo de esquerda e popular chileno, iniciado em 1988. A ideia era de abraços entre companheiros que não se viam há muitos anos, ou que se viam sem poder se abraçar, um ato de resistência e rebelião. Lautaro Carmona apelou ao combate ao crime organizado e ao crime de colarinho – com o fim do sigilo bancário – e por avanços na busca de soluções para as demandas sociais.

O presidente do PC do Chile comentou o avanço da direita e da extrema-direita no mundo, que precisam ser combatidas com ampla unidade democrática. Levantou também as bandeiras do anti-imperialismo, apelando à solidariedade ao povo palestiniano, reiterando o apelo ao cessar-fogo e valorizando a decisão de apoiar o processo contra Israel na Corte Criminal Internacional. Denunciou mais uma vez o bloqueio brutal a Cuba e falou dos 65 anos da Revolução na Ilha. Falou também da importância dos movimentos sindical e social no processo de convergência unitária democrática.  

Com informações cooperativa.cl e do Partido Comunista do Chile