Segunda edição do Festival vermelho será em Salvador, Bahia, nos dias 22 e 23 de março de 2024, com o lema Cultivando a democracia. Integram a programação atividades políticas e culturais, que celebram os cento e dois do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). O Festival será no bairro Santo Antônio além do Carmo, na Chácara Baluarte, e no Largo de Santo Antônio Além do Carmo. O evento é realizado pelo PCdoB, por suas direções nacional e estadual da Bahia, e pela Fundação Maurício Grabois.   

A programação do Festival começa às 9 horas do dia 22, sexta-feira, com a abertura da exposição iconográfica sobre os cento e dois anos do PCdoB. Estarão presentes os presidentes nacional e da sessão baiana da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro e Nilton Vasconcelos. A exposição retrata um amplo espectro das atividades comunistas, desde as primeiras atividades que levaram à fundação do Partido, em 25 de março de 1922, mostrando fatos e seus personagens, além da elaboração teórica e política que atravessou esse período.  

Em seguida, às 9h15, será aberta a exposição iconográfica Coluna Prestes: cem anos, mostrando a trajetória daquele movimento que percorreu boa parte do país, liderado por Luiz Carlos Prestes, numa fase decisiva dos combates à chamada República Velha, o sistema de dominação das oligarquias que seria derrubado pela Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas. A exposição será aberta por Ana Maria Prestes, secretária de Relações Internacionais do PCdoB, neta de Luiz Carlos Prestes; Fernando Garcia, historiador e coordenador do Centro de Documentação e Memória (CDM) da Fundação Maurício Grabois; e Deboráh Irineu, secretária de Formação e Propaganda do PCdoB-BA.

Às 9h30, haverá uma Roda de Conversa sobre o centenário da Coluna Prestes, coordenada por Ana Maria Prestes, com a participação de Renato Luís Bandeira, escritor e autor do livro A Coluna Prestes na Bahia, e Osvaldo Bertolino, historiador, escritor e jornalista da Fundação Maurício Grabois, coautor do livro e documentário A Coluna Prestes atravessa o Brasil, noventa anos depois.

Às 10h30, haverá a apresentação de um vídeo com autores de livros que serão lançados no Festival. A apresentação será de Altair Freitas. Participarão de Adalberto Monteiro (livro iconográfico Cem anos de amor e coragem pelo Brasil), Aldo Arantes (Democracia Ameaçada – a ADJC e a defesa da democracia), Aloisio Sérgio Barroso (Lênin, um século depois – teoria e história), Fábio Palácio (Sob o céu de junho – as manifestações de 2013 à luz do materialismo cultural), Fernando Garcia (apresentação do livro Retalhos vermelhos, de Augusto Buonicore), Olívia Santana (Mulher preta na política), Renato Luís Bandeira (A Coluna javierPrestes na Bahia), Ricardo Moreno (Naquelas manhãs de segunda, sobre a vida de Haroldo Lima), João Batista Lemos (Memórias vermelhas), Edson França (apresentação do livro Dialética radical do Brasil negro, de Clóvis Moura).

Às 11 horas, haverá o Encontro prosa & poesia. As escritoras Conceição Evaristo e Cida Pedrosa e o escritor Geovani Martins, autores de obras de alto valor estético e social, participarão de um diálogo entre si e o público do Festival. Literatura e democracia, entre outros temas, estarão na pauta do encontro, que será apresentado por Olívia Santana, deputada estadual (PCdoB-BA).

Às 13h30, haverá apresentação do documentário 102 anos de lutas do PCdoB, concebido por Guido Bianchi, em comemoração aos cento e dois anos da legenda comunista, que retrata as gerações e as lutas do Partido.

Às 14 horas, se realizará Diálogos vermelhos, Mesa de Debates com o tema Cultivando a democracia, coordenada por Daniel Almeida, deputado federal (PCdoB-BA), com a participação de Orlando Silva, deputado federal (PCdoB-SP); Jandira Feghali, deputada federal (PCdoB-RJ); Manuela Mirella, presidenta da UNE; e Soraia Mendes, professora e jurista.

O referencial temático tem a seguinte ementa:

“O governo da extrema-direita mutilou a democracia e tentou, como ficou patente no 8 de janeiro de 2023, sepultar o regime democrático, tal e qual, em outras circunstâncias, fez o nefasto golpe militar que completa 60 anos. As forças democráticas e progressistas, entre elas os comunistas, tendo como vértice o governo do presidente Lula, estão em movimento para cultivar e ampliar a democracia em suas múltiplas dimensões, bem como defendê-la dos renitentes ataques do neofascismo. Democracia mais e sempre! Ditadura, nunca mais!”

Às 16h15, ocorrerá o Ato internacionalista, com o tema Paz, solidariedade e defesa do povo palestino. Diante de uma realidade mundial conturbada, marcada por um lado por múltiplas crises, guerras e ameaças, e por outro, pelas lutas dos povos pelo direito ao desenvolvimento soberano, eleva-se a necessidade de fortalecermos as jornadas pela paz e contra política de guerra do imperialismo, pelas ações de solidariedade entre os povos e por processos de integração e cooperação entre os países. Se destaca, neste momento, o movimento mundial que pulsa forte no Brasil em defesa e apoio à Palestina e de rechaço ao governo de Benjamin Netanyahu, que perpetra o genocídio, a matança da população palestina, sendo crianças e mulheres a maioria das vítimas.

O Ato Internacionalista será coordenado por Alice Portugal, deputada Federal (PCdoB-BA) e presidenta do Grupo parlamentar de amizade Brasil-Cuba. Participarão como convidados Ibrahim Alzweben, embaixador da Palestina; Bui Van Nghi, embaixador do Vietnã; Adolfo Curbelo Castellanos, embaixador de Cuba; Ahamed Mulay Ali Hamadi, embaixador do Sahara Ocidental; Hisham Alqam, Frente Popular pela Libertação da Palestina; Juan Castillo, secretário-geral do Partido Comunista do Uruguai; Erika Farías, Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV); Cristina Cardoso, Partido Comunista Português (PCP); Ana Prestes, Partido Comunista do Brasil (PCdoB), José Reinaldo, presidente do Cebrapaz. Ato Internacionalista: Paz, solidariedade, defesa do povo palestino

Às 17h30, será realizada a Culturata Cultivando a democracia, com o Afoxé Filhos de Gandhi, no trajeto Igreja do Boqueirão-Chácara Baluarte.

Às 18h30, ocorrerá o ato político de abertura do Festival vermelho, com as presenças de Luciana Santos, presidenta do PCdoB, e do presidente do PCdoB da Bahia, Geraldo Galindo.

Às 19h, haverá mais uma atividade cultural com os convidados Armandinho, Juliana Ribeiro e Tonho Matéria, além do disc jockey (DJ) Pantera.

Atividades do sábado

No dia 23, sábado, as atividades também começam às 9 horas, com nova edição de Diálogos vermelhos. O tema será Socialismo, alternativa ao capitalismo em crise e terá a participação de Walter Sorrentino, vice-presidente do PCdoB; e Rafael Leal, presidente da União da Juventude Socialista (UJS). A coordenação será de Daniele Costa, vice-presidenta do PCdoB da Bahia e secretária da Mulher do PCdoB.

Esse é o conteúdo referencial da Mesa:

“No contexto de uma dinâmica capitalista marcada por crises, guerras, ameaças à democracia com a irrupção de forças de extrema-direita, aumento das desigualdades sociais, mudanças na produção advindas do impacto de novas tecnologias, transição em curso no sistema de poder mundial com ascensão crescente da República Popular da China, resistência e lutas dos povos e do proletariado, impõe-se a busca de alternativas. E o socialismo é a alternativa ao capitalismo em crise, via projetos e uma nova jornada de batalhas, que adquire singularidades conforme a realidade de cada país.”

Às 9h45, haverá pronunciamento de Luciana Santos, atividade que será apresentada por Neide Freitas, secretária de Administração e Planejamento, com o tema cento e dois anos de lutas PCdoB.

Às 10 horas, haverá o lançamento campanha de filiação PCdoB, com a presença de Luciana Santos.

Às 10h30, ocorrerá outra edição de Diálogos vermelhos, com o tema Desenvolvimento sustentável, economia da cultura, nova indústria e combate às desigualdades, coordenado por Davidson Magalhães, secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia e membro do Comitê Central do PCdoB. Participarão Luciana Santos, ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação; Margareth Menezes, ministra da Cultura; Rafael Lucchesi, diretor de Inovação da Confederação Nacional das Indústrias (CNI); Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadoras e Trabalhadoras do Brasil (CTB); e Antônio Corrêa de Lacerda, assessor da Presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Essa mesa tem o seguinte referencial temático:

“O governo do presidente Lula, no âmbito da reconstrução nacional, se empenha para desencadear um novo ciclo de desenvolvimento, para o qual é determinante o impulso à uma nova industrialização, em novas bases tecnológicas. A nova industrialização reforçará a soberania nacional, diversificará positivamente o perfil da economia brasileira, aumentará a produtividade e irá gerar mais e melhores empregos. A cultura é parte integrante desse processo e presente em várias dimensões de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, em especial na sua relevância econômica.”

Às 13 horas, será apresentado o filme Dossiê Jango, num evento sobre o transcurso dos 60 anos do golpe militar que depôs o governo democrático e patriótico de João Goulart e impôs a ditadura militar. Antes, participam de uma conversa Aldo Arantes, ex-deputado federal constituinte; João Vicente Goulart, filósofo, escritor, fundador e presidente do Instituto João Goulart, presidente do PCdoB-DF; e Diva Santana, militante dos direitos humanos. Altair Freitas fará a apresentação. O evento será coordenado por Javier Alfaya, secretário de Cultura do PCdoB.

Às 15 horas, será realizada a caminhada Cultivando a democracia, entre a Praça do Largo Santo Antônio Além do Carmo e o Largo do Pelourinho.

Às 18 horas haverá atividade cultural, com a participação do Cortejo Afro, Ilê Aiyê, Bia Tuxá, Lenine e Chico César, além do DJ Chiquinho.