Live do João #30: O pensamento de Ignácio Rangel
Esse episódio contou com a participação do professor Carlos José Espíndola
Com os intensos desafios para a retomada do desenvolvimento econômico brasileiro no terceiro governo Lula, como o pensamento de Ignácio Rangel pode nos ajudar a travar essa luta? Esse foi o tema da Live do João #30, programa da Escola Nacional de Formação do PCdoB na TV Grabois.
As análises econômicas de Rangel rapidamente ganharam relevância. Ele foi convidado para fazer parte do grupo de assessoramento econômico de Getúlio Vargas, foi um dos redatores dos projetos de criação da Petrobras e Eletrobras, duas das mais importantes estatais brasileiras, que teriam seu destino atrelado à história do desenvolvimento do país.
No ano de 1953, além de trabalhar intensamente na assessoria de Vargas, Rangel escreve seu primeiro livro, A Dualidade Básica da Economia Brasileira, publicado em 1957.
Na década de 1950, foi um dos quadros que integrou o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC) que produzia estudos aprofundados sobre os caminhos do desenvolvimento brasileiro. Ao lado de quadros intelectuais como os sociólogos Hélio Jaguaribe e Cândido Mendes, o historiador Sérgio Buarque de Holanda e a economista Maria da Conceição Tavares, firmou-se como um dos principais analistas da estrutura formativa do Brasil.
Foi convidado para realizar uma pesquisa a cargo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), órgão das Organização das Nações Unidas (ONU) instalado em Santiago, capital do Chile. No retorno do Chile, Rangel ingressa no BNDE (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social, que na época ainda não possuía o “S” no nome) onde chega a chefe de Departamento Econômico.
Nesse contexto, chegou a ser convidado pelo então presidente João Goulart para ser ministro da Fazenda, cargo que recusou. Logo em seguida, vem o Golpe de 1964, comandado pelo Exército Brasileiro (EB) que coloca o nome de Rangel no ostracismo. Dado seu grande trabalho e contribuições, ocupou a cadeira de número 26 da Academia Maranhense de Letras (AML).
Confira abaixo: