A teoria marxista perdeu neste domingo (22/09) um de seus maiores intelectuais: o filósofo e crítico cultural Fredric Jameson, aos 90 anos.
Nascido em Cleveland, Ohio, em 14 de abril de 1934, Jameson era um crítico literário e teórico marxista, conhecido por sua análise da cultura contemporânea e da pós-modernidade.
O trabalho de Jameson reformulou fundamentalmente nossa compreensão de cultura, política e estética, deixando para trás um legado duradouro que inspirou gerações de pensadores, ativistas e acadêmicos.
Desde seu primeiro encontro com a obra de Sartre até seu envolvimento ao longo da vida com Hegel e Marx, Lukács e Adorno, Benjamin e Althusser, Jameson dedicou grande parte de suas energias intelectuais para explorar os laços profundos entre ideologia e estética, cultura e economia, linguagem e história na literatura, arquitetura e cinema.
Seu famoso ditado, “sempre historicize!” era parte integrante de seu compromisso militante com uma leitura materialista de momentos de luta e revolta, utopia e libertação em textos culturais. Seu enorme corpo de trabalho, incluindo Marxism and Form (1971), The Prison-House of Language (1972), The Political Unconscious (1981), Postmodernism, or, The Cultural Logic of Late Capitalism (1991), Signatures of the Visible (1992) e The Antinomias of Realism (2013) reestruturou nosso vocabulário marxista e estabeleceu uma nova direção na teoria cultural.
Com informações do Historical materialism
