O simpósio “Desafios brasileiros em direção ao novo ciclo de desenvolvimento soberano”, organizado pela Fundação Maurício Grabois, debateu, na última sexta-feira (14), a nova configuração das relações de trabalho. O tema foi abordado na quarta mesa do evento, que contou com a participação dos professores Clemente Ganz, Giovanni Alves e Kenzo Soares.
Sociólogo e ex-diretor técnico do DIEESE, Clemente Ganz registrou o contexto de profundas mudanças que acontecem no âmbito do Mundo do Trabalho, em particular as mudanças tecnológicas que alteram as condições de trabalho.
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Autor de “O Algoritmo e o Capital: ensaios introdutórios à economia digital”, o professor de comunicação Kenzo Soares apresentou dados do projeto Fairwork que demonstram que o Brasil possui as piores condições de trabalho de plataforma do mundo. O projeto Fairwork monitora condições de trabalho de plataforma em escala Global.
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Professor do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Giovanni Alves argumentou que nesse contexto do mundo do trabalho precarizado o Brasil vive um colapso ideológico político dos intelectuais orgânicos das classes subalternas com a adesão de uma ordem neoliberal. Com uma leitura gramsciana, Giovanni Alves sustentou que os saltos tecnológicos mudam as condições da existência. “Essa é a questão, pois essas mudanças nas condições de existência têm um efeito político e ideológico cultural, com impacto na própria luta de classes e na própria consciência de classes”, concluiu Alves.
O debate teve coordenação de Rogério Nunes e moderação de Carolina Ruy.
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Na terça-feira (18/03), o Simpósio tem continuidade com a mesa “Crise do Neoliberalismo e tendências atuais da financeirização” com a participação de José Carlos Braga, Miguel Bruno e Marcelo Fernandes.
Em breve a íntegra de todos os debates estará disponível na TV Grabois.