O simpósio “Desafios brasileiros em direção ao novo ciclo de desenvolvimento soberano”, organizado pela Fundação Maurício Grabois, debateu, nessa quarta-feira (19/03), o ascenso do neofascismo e as guerras culturais e híbridas. O tema foi abordado na sexta mesa do evento, que contou com a participação dos professores Danilo Martuscelli, João Castro Rocha e Aldo Arantes.
Professor da UERJ, João Castro Rocha argumentou que o fascismo emerge com a crise do capitalismo. “Eu creio que nós enfrentamos hoje uma nova crise do capitalismo. Em momentos históricos anteriores, a crise do capitalismo correspondeu também ao surgimento do fascismo, no caso dos anos 20 e 30 do século 20. Parece que hoje há uma circunstância similar”, avaliou Rocha.
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Ex-deputado federal Constituinte, Aldo Arantes destacou o papel do capitalismo de plataforma na organização da extrema direita. “Em cada período de desenvolvimento do capitalismo são criadas novas tecnologias, novas formas de acumulação e novas formas de dominação ideológica. Todos nós sabemos que o rádio foi utilizado para consolidação do nazismo e do fascismo. Hoje as redes sociais são os meios de comunicação mais atuais”, ressaltou Arantes.
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Professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia, Danilo Martuscelli também apontou para a organização do fascismo nas redes. “Um elemento que está muito presente na conjuntura atual é o forte movimento de ativismo da extrema direita neofascista nas ruas e nas redes sociais”, concluiu Martuscelli.
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O debate teve coordenação de Jorge Venâncio e moderação de Luciano Siqueira e Cristiano Capovilla.
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Na quinta-feira (20/03), o Simpósio tem continuidade com a mesa “O modelo de Estado burguês liberal em face do capitalismo financeirizado” com a participação de Pietro Alarcón, Felpe Toledo e Gisele Cittadino.
Em breve a íntegra de todos os debates estará disponível na TV Grabois.