A Confederação Israelita do Brasil (Conib) tem se notabilizado por uma operação falaciosa tradicional, destinada a confundir deliberadamente o legítimo antissionismo — crítica ao governo de extrema-direita de Bibi Netanyahu, que promoveu um genocídio em Gaza com mais de 65 mil mortes, na maioria mulheres e crianças — com antissemitismo, que é o ódio e a perseguição aos judeus.
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Nesse sentido, e em solidariedade aos palestinos, manifesto integral apoio ao jornalista Breno Altman contra os ataques infundados que tem sofrido por parte da Confederação Israelita, por suas corajosas denúncias. É inteiramente indevido o envolvimento do Ministério Público nessa matéria, associando-se às tentativas de intimidação, em vez de zelar pela liberdade de expressão e pela pluralidade do debate público.
Nas redes, Altman reagiu à ofensiva judicial movida pela Conib, denunciando o uso político da acusação de antissemitismo:
O Ministério Público Federal me denunciou, em 7 de outubro, por crime de antissemitismo e outros delitos, a partir de notícia-crime emitida pela @coniboficial. Mais uma prova dos vínculos entre sionismo e fascismo, para calar vozes que se levantam contra o genocídio palestino.
— Breno Altman (@brealt) October 12, 2025
A denúncia do genocídio em Gaza nada tem a ver com qualquer forma de preconceito contra o povo israelense. Trata-se de uma crítica necessária a um governo de caráter neofascista, que tem o apoio irrestrito de forças da extrema direita no mundo, como o governo Trump e o bolsonarismo, e vem granjeando apoio crescente no mundo. É inadmissível que isso seja criminalizado.
Os brasileiros lutam por justiça e paz entre os povos. Na guerra de Israel contra Gaza, isso significa, em última instância, o pleno reconhecimento do Estado palestino.
Presidente da Fundação Maurício Grabois