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    Internacional

    Em defesa de Breno Altman e da liberdade de criticar o governo de Israel

    Presidente da Fundação Maurício Grabois repudia ação da Conib e do Ministério Público, e defende o direito ao debate público acerca do genocídio em Gaza

    POR: Walter Sorrentino

    2 min de leitura

    Jornalista e fundador do "Ópera Mundi" Breno Altman no lançamento do livro “Contra o Sionismo – retrato de uma doutrina colonial e racista”, em Goiânia (GO), 06/06/2025. Foto: Wagmar Alves/PUC
    Jornalista e fundador do "Ópera Mundi" Breno Altman no lançamento do livro “Contra o Sionismo – retrato de uma doutrina colonial e racista”, em Goiânia (GO), 06/06/2025. Foto: Wagmar Alves/PUC

    A  Confederação Israelita do Brasil (Conib) tem se notabilizado por uma operação falaciosa tradicional, destinada a confundir deliberadamente o legítimo antissionismo — crítica ao governo de extrema-direita de Bibi Netanyahu, que promoveu um genocídio em Gaza com mais de 65 mil mortes, na maioria mulheres e crianças — com antissemitismo, que é o ódio e a perseguição aos judeus. 

    Leia mais:

    Como Israel transformou Gaza em campo de extermínio palestino

    Palestina: Por que é urgente combater a censura sionista e abolir a Nakba

    Nesse sentido, e em solidariedade aos palestinos, manifesto integral apoio ao jornalista Breno Altman contra os ataques infundados que tem sofrido por parte da Confederação Israelita, por suas corajosas denúncias. É inteiramente indevido o envolvimento do Ministério Público nessa matéria, associando-se às tentativas de intimidação, em vez de zelar pela liberdade de expressão e pela pluralidade do debate público.

    Nas redes, Altman reagiu à ofensiva judicial movida pela Conib, denunciando o uso político da acusação de antissemitismo: 

    A denúncia do genocídio em Gaza nada tem a ver com qualquer forma de preconceito contra o povo israelense. Trata-se de uma crítica necessária a um governo de caráter neofascista, que tem o apoio irrestrito de forças da extrema direita no mundo, como o governo Trump e o bolsonarismo, e vem granjeando apoio crescente no mundo. É inadmissível que isso seja criminalizado. 

    Os brasileiros lutam por justiça e paz entre os povos. Na guerra de Israel contra Gaza, isso significa, em última instância, o pleno reconhecimento do Estado palestino. 

    Walter Sorrentino

    Presidente da Fundação Maurício Grabois

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