A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) reunirá chefes de Estado, ministros, diplomatas, representantes da ONU, cientistas, líderes empresariais, ONGs, ativistas e membros da sociedade civil de mais de 150 países em busca de novos acordos para enfrentar a crise climática. O governo brasileiro tem mobilizado esforços para que o país lidere as discussões como porta-voz do Sul Global, apresentando políticas e experiências concretas de transição ecológica. O encontro acontecerá em Belém (PA), entre os dias 10 e 21 de novembro.
Nota Técnica: A COP30 e a urgência da transformação ecológica
Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministra, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou que o enfrentamento das mudanças climáticas e o aquecimento provocado pelos gases de efeito estufa dependem do conhecimento científico:
“Tem que ter ciência, tecnologia e inovação; senão, é impossível superar esse desafio.”
Na entrevista, a ministra destacou as principais ações do MCTI para a COP30. Além da inauguração do Museu do Amazonas e da reabertura do Museu Emílio Goeldi em Belém (PA), o ministério apresenta como avanços nessa COP30 sistemas mais eficazes de monitoramento dos desmatamentos na Amazônia e nos demais biomas, por meio do novo supercomputador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O ministério também avança na tecnologia para a produção de biocombustíveis, como o etanol de segunda geração — produzido a partir do bagaço da cana — e o biodiesel, assim como o investimento na bioeconomia para melhorar a condição de vida das populações extrativistas.
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“A gente tem que desenvolver ciência e tecnologia com as comunidades ribeirinhas, com a sabedoria delas, dando sustentabilidade, garantindo cadeias produtivas, para que a gente possa promover reversão da qualidade de vida da população dessa região. Só a bioeconomia é capaz de fazer isso”, ressaltou a ministra.
Confira os principais trechos da entrevista:
Renato Ribeiro, Rádio Nacional – Brasília (DF): Ministra, quais são as propostas que o Ministério vai levar para a COP30? O que a comunidade brasileira pode esperar de propostas consolidadas em relação às mudanças climáticas?
Para superar os desafios da mudança climática, o aquecimento que há no planeta por conta dos gases que compõem o efeito estufa na atmosfera, tem que ter ciência, tecnologia e inovação, senão é impossível superar esse desafio.O presidente Lula fez questão que a COP pudesse acontecer na Amazônia, porque todo mundo fala desse bioma, mas poucos conhecem. Essa é a possibilidade de muitas delegações internacionais poderem visitar e conhecer esse bioma.
No nosso ministério, estamos fazendo 11 iniciativas muito significativas. A primeira nós já fizemos a entrega, com a presença do presidente Lula e do governador [do Pará] Helder Barbalho: é o Museu das Amazônias, um conceito contemporâneo de museu, interativo, tecnológico, inspirado no Museu do Amanhã, do Rio de Janeiro. É fantástico, a gente fala de ancestralidade, de antropologia, da Amazônia de hoje, do fenômeno das queimadas. É um museu bastante interativo e teve, nada mais, nada menos, que a exposição de Sebastião Salgado, que faleceu esse ano. Lá terão exposições diferentes a cada período. Muitas delas para falar da história do estado do Amazonas e da própria floresta. É um encontro de cultura com ciência e tecnologia, um encontro explosivo, rico e diverso.

Belém (PA), 04/10/2025 — No Museu da Amazônia, visitantes participam de exposição sobre urbanização, racismo ambiental e crise climática nas periferias brasileiras. Foto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará.
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Outra entrega que nós teremos para a COP30 é o nosso supercomputador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Nós conseguimos que ele aumentasse a capacidade da eficiência para poder monitorar a questão do clima. O INPE informa online para o Ibama o que está acontecendo na floresta, não só na Amazônia, mas nos biomas de uma maneira geral, em relação a queimadas, seca e enchentes. Isso é feito por meio de modelos matemáticos — um deles é o Deter (Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real) — que dá informação para o Ibama, coordenado pela ministra Marina Silva. Ela faz as ações de controle e a gente fornece as informações.
Agora nós vamos fazer isso de maneira mais eficiente, porque o nosso supercomputador do INPE ficou muito potente: são 8 trilhões de operações por segundo, uma previsão 10 vezes mais rápida do que a gente tinha antes, com mais precisão, com alta resolução local — a gente tem como fazer previsão com dez dias de antecedência. Estamos também usando inteligência artificial para poder garantir uma precisão maior da situação que está passando nos biomas. E o nosso supercomputador é sustentável, de energia solar e com refrigeração líquida.
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Outra coisa fantástica é o AmazonFACE. São torres com seis anéis, três com atmosfera enriquecida em CO2, que aumentam em 50% o nível de CO2 e outros três anéis sem aumento da concentração atmosférica de CO2. É uma forma de enriquecimento de CO2 na floresta para simular os gases do efeito estufa: a gente coloca dióxido de carbono e enriquece na floresta, ao invés de fazer no laboratório. A gente simula ver qual o impacto na floresta. No outro anel, deixamos sem enriquecer e faz a comparação no mesmo tipo de floresta, pra ver o que acontece. É um programa compartilhado com o Reino Unido, uma experiência única no mundo.
A gente também vai ter a Casa da Ciência no Museu Emílio Goeldi, onde acontecerão os debates. Nós colocamos R$ 20 milhões, porque ele estava completamente desativado, e abrimos pro público. É um museu de ciências naturais com 159 anos que estava fechado para o público e nós estamos abrindo.
Na transição energética, a gente vai entregar também algo muito inovador: um coquetel enzimático que possibilita a produção de etanol a partir do bagaço da cana. O etanol é feito do caldo de cana, e agora a gente vai pegar o bagaço, o resíduo da cana, e também vai produzir o chamado etanol de segunda geração.
Esse coquetel de enzima era importado e agora nós não vamos mais importar. Isso significa de 20% a 30% da redução de custos na produção do etanol, um ganho extraordinário para a transição energética no nosso país, porque nós estamos usando a biomassa, resíduos que poderiam ir para o lixo, e vamos transformar em energia, em etanol, que é um biocombustível, então a gente reduz emissões.
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Jacques Gosch, Portal RD News, Cuiabá (MS): como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação pode apoiar o agronegócio no que diz respeito aos biocombustíveis e também as energias limpas, renováveis. Quais são as políticas da pasta nesse sentido?
Essa pergunta é importante, porque o nosso ministério tem o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, 50% dele é crédito, numa taxa bastante competitiva. Nesse sentido, o agro é a segunda cadeia produtiva que mais capta recursos da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), empresa pública brasileira vinculada ao MCTI. Todos eles têm que ter desafios tecnológicos, como a descarbonização ou mesmo a melhoria das condições para a produtividade do solo. A gente também participa com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que é da gestão do Ministério da Agricultura, mas faz parte do nosso Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia.
Para você ter uma ideia, uma grande cientista mulher da Embrapa, Johanna Döbereiner, há décadas desenvolveu a possibilidade do solo do Cerrado ser adaptado à produção de soja e nós somos recordistas nisso graças a uma mulher cientista.
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No caso do agro, existem várias vários financiamentos de drones para poder garantir que aquela determinada quantidade de água do solo possa ser adequada à irrigação. Nós também financiamos os equipamentos que possam facilitar a produção, ou seja, até pelo peso que o agronegócio tem no país, é a segunda maior captação de recursos do nosso ministério, baseada na melhoria da produtividade e da descarbonização da agricultura.
Raik Pereira, Rádio Guarani – Santarém (PA): O que esse supercomputador pode prever aqui para nossa região, no caso das secas extremas e das cheias extremas, porque as consequências para quem mora ao longo desse rio são muito grandes. Impacta muito para quem é ribeirinho, para quem é produtor rural, para quem é pescador.
Além do supercomputador, o INPE também está desenvolvendo mais um computador da Constelação CBERS, que é um convênio com a China para ter os satélites de observação da Terra. Agora, nós vamos ter um de abertura de radar sintético. O que é isso?
É uma tecnologia que consegue enxergar o imageamento através das nuvens, porque durante seis meses o céu na Amazônia é muito coberto de nuvens e o satélite que a gente tem não tinha essa tecnologia. Então nós vamos avançar, estamos desenvolvendo com os chineses.
Eles vão fazer a transferência tecnológica da carga útil, que vai viabilizar esse tipo de imageamento, e ainda tem outro que é geoestacionário, de carga útil meteorológica, que vai ter uma capacidade ainda maior, porque vai ficar estacionário aqui sobre nós, na América Latina, para poder fazer uma observação mais exata do que acontece nos fenômenos climáticos e portanto melhorar bastante a nossa capacidade de prevenção.
Tasso Antônio, Portal Folha do Bico de Araguatins (TO): Queria saber se o Brasil durante a COP vai apresentar metas concretas de investimento em ciência e tecnologia para a preservação da Amazônia nos próximos anos.
Nós estabelecemos metas: o presidente Lula se comprometeu até 2050 com a emissão zero, que não significa não ter a emissão, mas fazer um encontro de contas entre o que a gente vai emitir e o que a gente vai capturar, esse é o nosso objetivo.
A gente tem metas a cumprir com vários desafios tecnológicos, a transição energética é um deles. O Brasil já tem uma matriz de energia bastante robusta, porque 90% da energia elétrica é de matriz limpa ou renovável, por conta da hidrelétrica, dos parques eólicos, dos parques da energia solar, mas nos combustíveis ainda é metade. Nós estamos com esse desafio, por isso que nós fizemos a Lei do Combustível do Futuro, para poder buscar combustível através da biomassa, temos o exemplo da cana de açúcar e do biodiesel.
No Conselho Nacional de Política Energética, do qual o ministério participa, nós encontramos um retrocesso do governo anterior, que diminuiu a quantidade de biodiesel na mistura com o diesel. Encontramos em B10 e passamos para B14, que é a mistura de 14% do biodiesel, que vem da soja.
Foi uma decisão do presidente Lula, aumentar o biodiesel nessa mistura para poder reduzir a emissão dos gases de efeito estufa através do combustível. Também estamos acelerando a medição do quanto a indústria emite gases do efeito estufa. Essa é uma iniciativa das instituições de ciência e tecnologia do nosso país, das unidades de pesquisa, que atuam sinergicamente na direção de garantir essa transição energética.
Laura Tedesco, Band News – Porto Alegre (RS): O Brasil está preparado para assumir protagonismo internacional na agenda científica e climática a partir da COP? Como equilibrar esse avanço com a preservação ambiental e a redução das desigualdades sociais?
A gente não tem como falar de equilíbrio ecológico, de sustentabilidade sem falar das pessoas. E a gente tem essa contradição. Na região amazônica moram 30 milhões de brasileiros e brasileiras, é indiscutível a riqueza da nossa biodiversidade e, no entanto, a gente tem os piores IDHs (índices de desenvolvimento humano) do Brasil. É uma contradição que nós temos que resolver, por isso essa visão de desenvolvimento sustentável.
A bioeconomia é indiscutivelmente uma grande riqueza para saúde, para alimentos, para muitas questões importantes para o dia-a-dia do povo, para cosméticos, a biodiversidade brasileira é inclusive muito cobiçada por outros países do mundo. Nesse sentido, a gente tem que desenvolver ciência e tecnologia com as comunidades ribeirinhas, com a sabedoria delas e dando sustentabilidade, ou seja, garantindo cadeias produtivas.
A gente já está fazendo isso com açaí, com pirarucu, em que a gente faz um estudo de viabilidade da cadeia produtiva agregando valor. Portanto, o caroço de açaí tem um grande potencial energético, por exemplo, e a gente pode garantir uma reversão da qualidade de vida da população dessa região. Só a bioeconomia é capaz de fazer isso.
Laura Tedesco: Em meio ao debate global sobre as mudanças climáticas na COP30, o tema segue muito presente aqui no Rio Grande do Sul, que ainda vive o processo de reconstrução depois das enchentes que atingiram o estado no ano passado. Queria entender como o ministério tem atuado junto às universidades e governos também para fortalecer a produção de conhecimento e apoiar as ações voltadas à recuperação e adaptação do território.
Um esforço que a gente está fazendo é na recuperação da infraestrutura de pesquisa. Dentro dos 12 programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia (FNDCT), que é operado pela Finep, através de um conselho diretor tripartite — que envolve empresas, academia e governo —, nós fizemos um robusto programa de infraestrutura que está no plano de aceleração do crescimento (PAC), para poder garantir os investimentos nas instituições de ciência e tecnologia e nas universidades.
Esse é um desafio, ainda mais no caso do Rio Grande do Sul. Fizemos editais específicos para aquelas instituições de pesquisa que tenham sido atingidas pela enchente. Fizemos um edital específico para as empresas — metade do recurso do FNDCT é crédito para as empresas de base tecnológica — para cumprirem os mesmos objetivos, de socorrer a situação dos impactos que viveram.
Mas o esforço que eu também quero destacar foi o nosso Ceitec (Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada), a única fábrica de semicondutores do Brasil que foi liquidada no governo anterior. Nós revertemos e estamos procurando nos inserir nessa cadeia tão estratégica que é de semicondutores. Então, sem dúvida que Porto Alegre e o Rio Grande do Sul são um polo importante da ciência e tecnologia do nosso país.
Lucas Arruda, Rádio CBN – Recife (PE): A senhora conhece bem a nossa região, sabe de toda a vulnerabilidade climática que a gente enfrenta, seja no Nordeste, seja no grande Recife, falando de modo mais específico. Eu queria saber o que a sua pasta tem desenvolvido de prevenção a desastres. O que tem de mais novo nesse assunto?
Eu conheço muito bem essa questão. Quando eu fui prefeita de Olinda, a gente participou de vários projetos de contenção de encostas, de limpeza de canais, de revestimento para poder garantir uma intervenção que diminuísse as enchentes.
O Centro de Monitoramento de Acidentes e Desastres Naturais (Cemaden) é a unidade de pesquisa do movimento de massas, que são os morros, e do movimento das marés, para poder antecipar e informar a Defesa Civil dos estados e dos municípios. O Cemaden pega informações de outro conjunto de satélites, da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos) e, a partir deles, a gente faz a interpretação dos dados e manda para os municípios.
Juliana Alves, Portal Mais PB – João Pessoa (PB): No litoral da Paraíba, especialmente na região Norte, na cidade de Baía da Traição, a gente tem enfrentado os desafios com relação ao avanço do mar e a erosão costeira. Existem ações de enfrentamento à erosão, ao aumento do nível do mar e esses impactos climáticos aqui no nosso litoral?
Para esse assunto da erosão marinha, nós temos no país diversos laboratórios, universidades que estudam esse fenômeno, que vem do aquecimento global, porque ele impacta e os oceanos tem um papel fundamental como regulador do clima. Em função do aquecimento, a gente tem esse fenômeno, ainda mais em regiões abaixo do nível do mar. Olinda viveu esse fenômeno — a região metropolitana toda do Recife —, e eu acompanho esse debate há muito tempo. Então a Universidade Federal de Pernambuco, por exemplo, tem um departamento de geologia que estuda isso e a gente faz uma rede, procurando ter soluções de preservação, para ser mais estruturante, mas também de paliativos, para que a gente possa fazer a contenção.
A melhor tecnologia que a gente desenvolve no Brasil é chamada de engordamento, garantir que a praia volte a existir para diminuir a erosão marinha. E tem a contenção de encostas com pedras, mas a solução depende muito das jazidas mais próximas. São diversas soluções, mas existe um debate por parte do ministério que funciona em rede, a partir dessa inteligência dos departamentos de geologia marinha no país inteiro.
Heitor Freddo, Rádio Bandeirantes – Campinas (SP): Ministra, a senhora esteve recentemente aqui em Campinas no Centro Nacional de Pesquisas em Energia e Materiais e anunciou um investimento de 1 bilhão de reais até 2026 no que é considerada uma inovação tecnológica: o primeiro país do mundo a conectar pesquisas biológicas com a fonte de luz síncrotron. A senhora consegue traduzir para a gente que investimento é esse, como isso vai ser aplicado na prática no nosso dia-a-dia?
Essa é a infraestrutura mais complexa e sofisticada que a gente tem no Brasil, é o nosso acelerador de partículas. Ele é do tamanho de um estádio de futebol. Ele pega qualquer matéria, seja rocha de petróleo, seja animais, até mesmo o corpo humano. Com aquela determinada matéria composta de átomos, ele divide os átomos através da velocidade da luz e o elétron se espalha, o que e a gente chama de luz síncrotron.
Por conta desse fenômeno, você consegue olhar a matéria em escala nanométrica, diferentemente dos microscópios de laboratórios, possibilitando entender os fenômenos que estão acontecendo ali. Eu vou dar um exemplo. A rocha do pré-sal: tem que fazer escavação, prospecção para saber se tem ou não petróleo. No Centro Nacional de Pesquisas de Energia e Materiais (CNPEM), você pega o pedaço da rocha, bota dentro desse equipamento, que é o acelerador de partículas, e, em vez de fazer a prospecção, faz uma biópsia da rocha — para falar uma linguagem comum — e vê se tem petróleo ou não. Você reduz custos e diminui os impactos ambientais.
Isso também pode ser utilizado para descobrir doenças, vários laboratórios privados utilizam o nosso equipamento, que é aberto: a ciência utiliza, as instituições de ensino, é um orgulho por ser uma iniciativa da inteligência brasileira, 100% nacional.
E agora isso será ligado a um laboratório de contenção biológica máxima, o que é isso? É chamado o NB4 e será o único do mundo, ligado à luz síncrotron que sai do acelerador de partículas. Nesse laboratório, a gente vai poder manipular vírus, bactérias, fungos, ou seja, manipular patógenos para antecipar as epidemias.
Luciana Santos recebe Macron em caravana científica rumo à COP30
Nesta quinta-feira (6), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, recebeu o presidente francês, Emmanuel Macron, na caravana fluvial Iaraçu, barco franco-brasileiro atracado em Belém (PA) para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).
A embarcação foi lançada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) em parceria com mais de dez instituições, resultado de uma cooperação científica entre o Brasil e a França com foco na Amazônia. Entre as organizações participantes estão o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Embaixada da França no Brasil, o Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade Amazônica e o Institut de Recherche pour le Développement (IRD/França).
Também acontece em Belém a Cúpula do Clima, encontro preparatório para a COP30. Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do francês Emmanuel Macron, do príncipe de Gales, William, e do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, participam ainda representantes do Banco Mundial e ministros do Meio Ambiente de países como Índia e África do Sul. O evento tem como objetivo fortalecer a articulação política para as negociações climáticas que serão realizadas durante a conferência.
Assista a íntegra da entrevista:
*Com informações do MCTI e do Programa Bom Dia, Ministra