“Como coronel reformada e ex-diplomata, quero pedir desculpas e perdão ao povo cubano pelas ações norte-americanas que deram um significado tão doloroso e tão negativo a Guantánamo”, declarou Ann, em entrevista coletiva.

Em 2003, Ann Wright renunciou a seu posto no Departamento de Estado americano por discordar da guerra no Iraque.

Ela integra uma delegação de 148 americanos que foram a Cuba convocados pela Code Pink, uma organização pacifista e de luta pela igualdade racial e de gênero. A ONG é dirigida por Medea Benjamin.

“Estamos do lado do povo cubano para que fechem a prisão e para que o bloqueio acabe de uma vez por todas”, acrescentou Ann, referindo-se ao embargo imposto por Washington à ilha desde 1962.

A ativista contou que está “há sete anos protestando contra a prisão (…) e reivindicando que seja fechada”. Para ela, “foi uma ideia e um fato equivocados desde o início”.

Medea Benjamin explicou que a viagem foi organizada imediatamente depois que os presidentes Barack Obama e Raúl Castro fizeram, em 17 de dezembro, o histórico anúncio de que ambos os países restabeleceriam relações diplomáticas após meio século de afastamento.