Recessão na Europa? Roubini e Krugman dizem que sim
Na sua última coluna publicada no “The New York Times”, Paul Krugman não só critica as medidas de austeridade, como também afirma que estamos nas primeiras etapas de uma terceira depressão, como consequência directa da redução do consumo.
O Nobel da Economia acredita que as medidas de contenção orçamental impostas por alguns governos europeus causarão danos significativos nos membros do G-20 e diz que os governos estão obcecados com a inflação, quanto a verdadeira ameaça é a deflação.
Visão não muito diferente tem Nouriel Roubini, que antecipa uma recessão na zona euro e no Japão. Na sua opinião, existe o risco de contágio aos EUA, o que conduziria a uma forte quebra dos mercados accionistas na Europa, levaria o Japão a “cair no abismo” e também a uma desaceleração na China, o que parece estar já a acontecer.
“Se os governos retirarem demasiado cedo os estímulos económicos e financeiros correm o risco de voltarem a entrar numa situação de recessão e de deflação”, sustenta o economista, adiantando que “embora os planos de austeridade sejam necessários em países com grandes défices e elevados níveis de endividamento, o aumento de impostos e a redução da despesa pública poderão agravar a recessão e a deflação”.
Contudo, Roubini não acredita numa dupla recessão nos Estados Unidos, mas sim num abrandamento do ritmo de crescimento em torno de 1,5% do PIB no segundo semestre deste ano, após uma progressão de 3% nos primeiros seis meses.
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Fonte: , no jornal Económico