Nesta terça-feira (9), o aniversário foi comemorado na Câmara Municipal de São Paulo, com cerca de 60 amigos e militantes da resistência anti-imperialista e a reafirmação, por parte da presidenta Socorro Gomes e de vários representantes de entidades amigas, da necessidade de fortalecimento da luta popular pela paz.

Entre os presentes, compuseram a mesa, ao lado da presidenta do Cebrapaz, a representante do Consulado de Cuba, Ivette Martínez, o cônsul da Venezuela, Robert Torrealba, o cônsul da Síria, Sami Salameh, o presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Renato Rabelo, o vice-presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Nivaldo Santana, o presidente da Federação das Entidades Americanas Árabes (Fearab) em São Paulo, Eduardo Elias, Orlando Silva, eleito deputado federal e presidente estadual do PCdoB-SP, e Jamil Murad, presidente municipal do PCdoB em São Paulo.

Socorro Gomes, também presidente do Conselho Mundial da Paz (CMP), ressaltou a trajetória do Cebrapaz na luta internacionalista de solidariedade aos povos, cada vez mais agredidos pelo imperialismo, sobretudo o estadunidense. O contexto de crise estrutural do capitalismo, destacou a presidenta, coloca mais uma vez a humanidade sob o avanço agressivo das potências e da militarização mundial por elas promovida.

“Sob a lógica da dominação imperialista, empenhada em resolver a crise sistêmica através da força bruta, os conflitos e as guerras são disseminados,” afirmou Socorro. Entretanto, a presidenta enfatizou: “os povos resistem e levantam-se contra as agressões, unem-se em prol da paz.” Neste sentido, destacou o nascimento do Cebrapaz no contexto em que os movimentos mundiais anti-imperialistas organizavam protestos massivos contra a invasão estadunidense do Iraque, em 2003.

Desde então, o Cebrapaz esteve dedicado, participou, promoveu, impulsionou e organizou diversas ações, seminários, campanhas e missões de solidariedade a vários países para contribuir no fortalecimento da luta pela paz e pela soberania dos povos, fazendo frente às ameaças golpistas promovidas pelo imperialismo contra governos e povos que não se submetem à agenda hegemonista, principalmente dos Estados Unidos e também da União Europeia.

Os cônsules e representantes de Cuba, Venezuela e Síria também enfatizaram, assim como os representantes de outros países e entidades, através de mensagens, o papel do Cebrapaz na solidariedade aos seus países, às lutas dos seus povos e na condenação das ameaças e agressões imperialistas, inclusive a sionista, no caso da Síria e do povo palestino.

O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, classificou o Cebrapaz como a “expressão organizada da sociedade brasileira em seus sentimentos contra as guerras imperialistas, em defesa da paz, da solidariedade aos povos em luta, da soberania nacional e da integração entre os povos.”

Para o presidente, o Cebrapaz teve, ao longo desta década, “uma trajetória profícua, com inúmeras mobilizações, protagonizando muitas campanhas e movimentos de solidariedade” em todo o mundo, com destaque também para a presidência do Conselho Mundial da Paz, exercida por Socorro, que acaba de voltar da Índia, onde o Comitê Executivo do CMP esteve reunido, entre 26 e 29 de novembro.

No mesmo sentido, Renato Rabelo enfatizou a relevância e a necessidade de fortalecimento da unidade entre as lutas anti-imperialistas no sentido do respeito às soberanias dos povos e da justiça, no contexto atual de crise e do agudizar das ameaças. “Nas condições atuais, os Estados Unidos romperam, na prática, com a Carta das Nações Unidas, com o Direito e as leis internacionais, em sua ânsia por domínio mundial. O imperialismo assume uma postura extremamente opressiva, terrorista e genocida.” Por isso, continuou, “é ainda mais candente a luta pela paz contra as guerras imperialistas, por uma nova ordem mundial de solidariedade entre os povos, de justiça social e paz.”

Socorro Gomes também destacou a necessidade de fortalecimento do Cebrapaz, que está presente em 17 estados brasileiros, principalmente através da militância. Apesar do recrudescimento das ameaças belicosas, do capitalismo e do imperialismo, a presidenta enfatizou a vontade e a disposição dos povos para lutar pelo desenvolvimento, a justiça e a paz.

Publicado em www.cebrapaz.org.br