Bala de prata de Aécio é crime de pistolagem
Bala de prata de Aécio é crime de pistolagem!Bala de prata de Aécio é crime de pistolagem! Em 2002, um líder operário liderou a viragem política que inovadoramente associou crescimento econômico e distribuição de renda, ampliou a democracia e fortaleceu a soberania nacional. Desta vez, a esperança do povo se concentra numa mulher que “doou a alma” ao seu país.
Dessa doação de Dilma ao Brasil e de seu inquebrantável compromisso com o povo, sobretudo com os pobres, vem o horror, e mesmo o ódio, dos banqueiros e dos abastados, dos conservadores.
Por isto, desde o primeiro turno, a campanha de Aécio, vendo a força dessa mulher junto ao eleitorado, se desespera, se descabela, à procura de uma bala de prata que a abata. Esse jargão “bala de prata” nada mais é do que a legitimação do golpismo, e da pistolagem política. Armas prediletas da direita, desde a campanha que levou Getúlio Vargas ao suicídio.
A revista Veja tem praticado reiteradamente uma pistolagem contra Lula e Dilma. No primeiro turno, quando Aécio comia poeira nas pesquisas, Veja, com a armação da delação premiada de Paulo Roberto Costa, desferiu mentiras contra Dilma, e de “raspão” atingiu o falecido Eduardo Campos para debilitar Marina Silva. Aécio agarrou-se à revista como o afogado atrela-se a um bote.
Mancomunado com a pistolagem de Veja e de outros grandes veículos de comunicação, Aécio chegou ao segundo turno. Com as mãos sujas, mas chegou.
Agora, a dois dias da eleição, Veja antecipa de domingo para sexta-feira a sua circulação, para disparar mais uma pretensa bala de prata contra a presidenta. Sem prova alguma, diz que a presidenta e Lula sabiam dos ilícitos que estão sendo investigados na Petrobras. O advogado do doleiro Alberto Yousseff desmentiu a revista, afirmando jamais ter ouvido tal acusação de seu cliente.
Mesmo assim, Aécio Neves, em entrevista coletiva, assina embaixo a abjeta denúncia de Veja. O conluio está escancarado. Os “pistoleiros” que dispararam a bala suja de Veja não se resumem aos medalhões da Marginal Pinheiros, sede da revista em São Paulo. O agressor que até ontem posava de vítima se desmascara por inteiro.
Essa fúria do consórcio oposicionista contra Dilma vem de sua inarredável diretriz de enfrentar a grande crise mundial do capitalismo sem penalizar os trabalhadores e os pobres. Mas, a ira não brota apenas disso. Dilma se tornou, ao lado de Lula, a liderança que encarna um projeto de Nação, de um Brasil próspero, desenvolvido, respeitado no mundo, integrado com nossos irmãos latino-americanos. Um país no qual a riqueza a ser abundantemente produzida deve, sobretudo, ser canalizada para a elevação do bem-estar do povo, para a garantia de seus direitos que lhe foram negados em 500 anos de trajetória histórica.
Dilma Rousseff, mãe e avó, ao longo de 67 anos, a vida a preparou, a lapidou, para desempenhar essa grande responsabilidade de liderar a nação que possui a 7ª riqueza do mundo. Pela causa da liberdade, do socialismo, enfrentou a ditadura, padeceu a tortura. Estudou, exerceu várias responsabilidades em distintas instâncias de governo.
Lula dizia que não poderia errar porque senão jamais um operário voltaria a governar o Brasil. Foi reeleito e a porta do Palácio do Planalto ficou aberta para outras lideranças dos trabalhadores. Jamais um reacionário poderá dizer que um operário não tem competência para presidir o Brasil.
Dilma, do mesmo modo, sabia que não podia fracassar. É a primeira mulher a exercer a presidência da República. Um país onde as mulheres são milhões de heroínas anônimas. Um país no qual sua histografia esconde, oculta, a contribuição das mulheres à construção do Brasil. Se ela fracassasse, o machismo, o conservadorismo iriam reforçar o preconceito.
Dilma, mesmo acossada pelo conservadorismo e pelas consequências de uma grave crise mundial, fez um mandato exitoso. Firmou-se como uma liderança nacional respeitada.
Assim, a vitória de Dilma é a vitória de um projeto de Nação, vitória que, ao ser liderada pela segunda vez consecutiva por uma mulher, impulsionará também o avanço civilizacional, e a construção de uma sociedade sem preconceitos.
*Presidente da Fundação Maurício Grabois e editor da revista Princípios
Publicado no Vermelho