Resenha Acasiana

Enlesmado e léso, leio e absorvo. Resiliente e pacato na minha afoiteza, revisito os sótãos da minha mente, onde meus macaquinhos pulam de galho em galho, anunciando que o bicho homem quer acabar com a macacada.. . Elevo aos céus meus olhos grávidos da vida bruta e abruptamente despejo duas gotas da chuva primeira que tinha nas palmas das mãos. Depois, como joãopacificamente aprendi, deposito a gota que cai de meu olhar acasiano. Ah, o ocaso, o anoitecer, o lusco-fusco; profusão de cores dos céus tropicais. E vós direis: por quem dobram os sinos? E eu, calado, mergulho no azul infinito e elevo meus pensamentos ao mais alto mandatário: o patrão velho do Tiesse Jr., do Paulo de Freitas Mendonça, do Wulcino de Minas Gerais, do Murilo de Calambau, da Maria Mineira, do J.G. de Itatiba, da Zully gaúcha, da professora Maria Eugênia de Arapiraca e tantos outros que me incentivam a continuar, quando quero parar e viver, quando gostaria de já ter partido fora do combinado, como diriam Cornélio Pires e Rolando Boldrim.

– Ave Literatura. Ave Mestras e Mestres de meu país. Axé! Anauê!

 

 

Antônio Carlos Affonso dos Santos – ACAS. É natural de Cravinhos-SP. É Físico, poeta e contista. Tem textos publicados em 7 livros, sendo 4 “solos e entre eles, o Pequeno Dicionário de Caipirês e o livro infantil “A Sementinha” além de três outros publicados em antologias junto a outros escritores.