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    Comunicação

    Canção a bandeira rubra

    Amanhã na vastidão da avenida, No mar de gente, Em vez de cavaleiro, Serei teu mastro andante. Haverá muitas outras, Mas o meu coração vibrante Fará de meus braços um galho gigante E neles hasteada irás bailar Bem ao alto Face a face com o vento. Haverá outras, bonitas e dignas, Mas serás amanhã na […]

    POR: Redação

    2 min de leitura

    Amanhã na vastidão da avenida,

    No mar de gente,

    Em vez de cavaleiro,

    Serei teu mastro andante.

    Haverá muitas outras,

    Mas o meu coração vibrante

    Fará de meus braços um galho gigante

    E neles hasteada irás bailar

    Bem ao alto

    Face a face com o vento.

    Haverá outras, bonitas e dignas,

    Mas serás amanhã na festa,

    Como foste na guerra, a mais honrada,

    A mais brava, a mais bela.

    Haverá outras de cor vermelha

    Mas o teu vermelho é mais rubro,

    Pois vem da aurora

    Vem do ferro incandescente

    Açoitado na bigorna,

    Vem da faísca que incendeia o canavial,

    Vem dos cravos e das rosas.

    Vem das faces jovens e rosadas,

    Vem do vinho tinto tenro da Serra,

    Vem do tenro sangue dos heróis

    Vem dos encarnados lábios

    Que se beijam

    Vem da cor do fértil chão brasileiro

    Vem do fogo que cose e aquece

    Vem das brasas que cospe a espingarda guerrilheira.

    Quando faz frio, aqueces

    Os que não têm algodão,

    Quando a noite prolonga-se como em Plutão,

    Surges das entranhas da treva

    E disparas canhões de luz.

    É verdade, há outras de cores diversas

    E delas não nego a formosura.

    Mas nenhuma outra tem ao centro

    O símbolo dos trabalhadores,

    Dos construtores do país e do porvir.

    Nenhuma outra tem ao centro

    Bordado com fios de ouro

    O inquebrantável elo

    Da foice e do martelo.