A Copa e as Olimpíadas são alavancas para o desenvolvimento
A jornada de manifestações ocorrida nas últimas semanas trouxe à tona um conjunto de reivindicações legítimas, e fez aflorar o espírito crítico e participativo em milhares de brasileiros. No bojo das manifestações, surgiu uma corrente minoritária que se posicionou contra a realização no Brasil de grandes eventos como a Copa das Confederações, concluída com grande êxito, e a Copa do Mundo de Futebol, que será realizada em 2014. Tal posicionamento, obviamente, também resvala para questionar as Olimpíadas de 2016.
Esse questionamento é alimentado por uma campanha deliberada de desinformação na mídia, que procura criar a falsa noção de que os investimentos governamentais feitos para contribuir com a realização desses eventos seriam “gastos desnecessários”, além de “superfaturados” que implicariam a retirada de recursos de áreas essenciais aos direitos do povo. Na verdade, a oposição e seu complexo midiático tentam transformar o ouro em lata. Tentam apresentar investimentos promotores do desenvolvimento do Brasil no contexto da Copa como “gastos” ou “custos” do evento.
O fato é que a realização desses megaeventos esportivos em vez de ser tragédia como quer a oposição, representa um trunfo para o país ampliar investimentos em infraestrutura e serviços essenciais demandados pelas próprias manifestações. Eles se configuram uma oportunidade para projetar o Brasil como uma Nação que se desenvolve com progresso social, que defende a paz entre os povos e vê no esporte um instrumento de realização desses objetivos. Neste contexto, as forças progressistas devem empreender o diálogo com o povo, ajudá-lo a separar o joio do trigo, e na luta que lhes competem devem atuar para que esse conjunto de oportunidades, efetivamente, se realize.
Já ao governo democrático da presidenta Dilma Rousseff cabe reforçar a linha adotada de prestar contas das ações em curso com a maior transparência, refutando as mentiras e deturpações que ocultam a verdade dos fatos.
O plano estratégico de investimentos para a Copa de 2014, denominado Matriz de Responsabilidades, além de gerar milhares de empregos, melhora a vida e amplia os direitos dos moradores das cidades, com obras de mobilidade urbana (incluindo diversos modais de transporte coletivo), modernização dos aeroportos e infraestrutura de telecomunicação e segurança pública. Os recursos para viabilizar este legado são compartilhados entre o Poder Público nos três níveis e o setor privado. Neste aspecto, vale ressaltar que quase três quartos dos investimentos previstos na Matriz destinam-se a infraestrutura e serviços não diretamente relacionados à organização dos eventos esportivos. Conforme aponta um estudo feito pela consultoria Ernest Young junto com a Fundação Getúlio Vargas, cada real investido pelo poder público nas obras estruturantes associadas à Copa alavanca 3,4 reais de investimento privado, e o evento pode gerar 3,6 milhões de empregos em diversos setores da economia nacional.
É relevante, também, destacar os esclarecimentos que se referem ao financiamento das obras dos estádios e a seus custos. Os ministérios do Esporte e do Planejamento esclarecem que não há utilização de recursos orçamentários da União originalmente destinados para saúde e educação para as obras de estádios. O que há são empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a reforma e/ou construção de 11 estádios, cujos financiamentos totalizaram R$ 3,8 bilhões. A crítica ao BNDES, neste caso, integra os ataques de cunho neoliberal ao papel deste Banco na promoção do desenvolvimento de diversos setores da economia nacional. Cabe, ainda, destacar que essa mesma oposição que falseia os dados sobre os investimentos na Copa defende o aumento da taxa de juros que resulta no aumento da dívida pública cujo pagamento de juros e amortizações, isto sim, barra a destinação de maiores recursos para saúde e a educação entre outros setores.
Ao lado da divulgação de informações falsas, notam-se também sussurros antipatrióticos e contrários ao desenvolvimento e ao interesse público. Não se pode negar que setores da oposição interessados na desestabilização do atual governo estejam alimentando este sentimento de indisposição em relação aos grandes eventos esportivos que o Brasil irá sediar, enfraquecendo a imagem do país no exterior e tentando incompatibilizar o governo com o povo num tema muito simbólico aos brasileiros.
O Partido Comunista do Brasil não compactua com tais ações. Pelo contrário, orgulha-se de ter em seus quadros gestores que contribuíram para que o Brasil viesse a sediar esses eventos e, agora, estão dando grande contribuição para que o Brasil possa realizar com êxito a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. O PCdoB também reforça a necessidade de o governo, por meios variados, empreender intenso diálogo com o povo e seus movimentos, demonstrando a verdade dos fatos.
Todas as pesquisas sobre o tema mostram que a ampla maioria dos brasileiros é simpática à realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. E o PCdoB, como sempre fez, está ao lado da maioria dos brasileiros, pois entende que a escolha do país para sediar esses eventos é uma conquista da Nação e se combina com o apreço do povo brasileiro ao esporte, em especial, ao futebol.
São Paulo, 7 de julho de 2013
O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil – PCdoB