Em nota publicada ontem, o banco alemão constata que os comentários sobre o Brasil “se tornaram muito negativos nos últimos 18 meses” e que o México “é o novo queridinho” dos mercados.

“Isso está indo longe demais”, avalia o Deutsche. Observa que o Brasil teve dois anos consecutivos de crescimento modesto (2,7% em 2011 e 0,9% em 2012), mas que tampouco houve muitos emergentes, e menos ainda economias desenvolvidas, com desempenho melhor.

Enquanto o Bradesco já projeta alta do PIB somente entre 2% e 2,4% este ano, o banco alemão continua a achar que a economia brasileira pode crescer entre 3% e 3,5% .

Estima que as perspectivas de crescimento no médio prazo vão depender muito da rapidez com que o governo será capaz de melhorar as condições para as concessões, para investimentos privados na infraestrutura, e também do progresso em seus próprios planos de investimentos.

O Deutsche diz acreditar que o governo brasileiro irá “cedo ou tarde” oferecer condições mais favoráveis para o setor privado, especialmente se o crescimento real do PIB continuar por volta de 3%.

Diz ser por isso que continua a acreditar que, no momento, o crescimento potencial no médio prazo da economia brasileira fica entre 3% e 3,25%, mas não abaixo disso. E, a depender da aceleração das condições mencionadas, o potencial de expansão econômica pode subir para 3,75%.