Por uma série de fatores internos e externos, Cuba aparece atualmente no cenário internacional como um centro de efervescência política. No plano doméstico, o embaixador cubano lembrou que o país está às vésperas de eleições legislativas que deverão renovar a Assembleia Nacional.

O país vem tomando uma série de decisões de atualização de seu modelo econômico e acaba de flexibilizar as viagens de cubanos ao exterior. Na arena internacional, Cuba tornou-se o centro das preocupações com a saúde do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que passa por tratamento de um câncer persistente.

Este fato tem levado até a ilha do Caribe muitos dirigentes de vários países – preocupados com o desenrolar desta situação de saúde do presidente venezuelano. Agora, Cuba irá ocupar a presidência rotativa da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos.

Segundo Renato Rabelo, o PCdoB tem consciência de que Cuba pode contribuir para o fortalecimento da integração latino-americana num período em que existe ação coordenada e intensa da direita para a desestabilização dos governos progressistas em nosso continente.

Na Venezuela, estes setores conservadores tentam aproveitar a doença de Chávez para fazer crescer a oposição ao bolivarianismo. Na Argentina, a grande mídia resiste ao estabelecimento de marco regulatório para a atividade da imprensa. No Equador, se articulam também para impedir a reeleição de Rafael Correa. E, no Brasil, fazem de tudo para macular a imagem de Luiz Inácio Lula da Silva e resistem tenazmente às medidas avançadas da presidenta Dilma Rousseff no sentido de alterar a política macroeconômica em curso.

Renato insistiu na posição de apoio que o PCdoB empresta às iniciativas de Dilma – como no caso recente do plano do governo de baixar o custo da eletricidade para o povo e para as indústrias – e clama pela necessidade urgente de se estabelecer um novo pacto político que una os trabalhadores e o setor produtivo da sociedade para combater a lógica neoliberal especulativa que tenta fazer a roda da história voltar aos tempos de Fernando Henrique Cardoso, aumentando os juros básicos da economia e aumentando o superávit primário.

Estiveram presentes ao encontro o encarregado político da embaixada, Rafael Hidalgo e Pedro de Oliveira, da assessoria da presidência do PCdoB.