Delegação do PCdoB no Foro de São Paulo
Ronaldo Carmona (à direita) participou do debate sobre defesa
A delegação do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) – composta por Ricardo “Alemao” Abreu, secretário de Relaçoes Internacionais; Liege Rocha, secretária da Mulher; Raimunda Gomes (Doquinha); Julieta Palmeira; Rubens Diniz; Ronaldo Carmona; Ismael Cardoso; e Leocir Rosa, da Fundaçao Maurício Grabois – tem contribuído em temas como a defesa, o papel dos movimentos sociais, as lutas da juventude e das mulheres, as atividades das fundações e das escolas de capacitação, a democratização dos meios de comunicação e o fortalecimento dos governos progressistas e de esquerda.
Leocir Costa Rosa, Laisy Moriere, Antonio José Simões (embaixador) e Ronaldo Carmona
O primeiro compromisso da delegação, já na terça-feira, foi uma visita ao embaixador do Brasil na Venezuela, Antonio José Simões. Participaram do encontro Ronaldo Carmona, da Comissão de Relações Internacionais do PCdoB, e Leocir Costa Rosa, da Fundação Maurício Grabois. Laisy Moriere representou o Partido dos Trabalhadores (PT). Em uma conversa descontraída, o embaixador teceu comentários sobre a realidade venezuelana, demonstrou interesse nos temas que estavam na pauta do Foro de São Paulo e avaliou, em rápidas palavras, o quadro político na Venezuela. Para ele, as eleições presidenciais no país ocorrem em um clima ainda extremamente polarizado e tenso.
Leocir (esq.) na oficina sobre fundaçoes e escolas
Uma marca desta edição do Foro de São Paulo é a solidariedade militante ao processo de mudanças na Venezuela, que está passando novamente pelo teste eleitoral. Há uma compreensão geral de que esse processo é uma espécie de esteio para os demais países da América Latina que tomaram o caminho democrático e progressista. Como previu o presidente da seção venezuelana do Parlamento Latino-americano (Parlatino), Rodrigo Cabezas, Caracas se converteu na capital da esquerda mundial, para onde confluíram as forças progressistas e revolucionárias de diferentes partes do mundo.
A VIII edição do Foro de São Paulo, que pela primeira vez se reúne na Venezuela, proporcionou um amplo debate, englobando diferentes concepções e apontando perspectivas para os desafios das mudanças que ocorrem na região. Como era previsto, além das eleições na Venezuela o golpe no Paraguai dominou a cena. Sempre que a ação da direita paraguaia é comentada, recorre-se à cadeia golpista de surgiu em Honduras com a derrubada do presidente Manuel Zelaya, passou pelo Equador, pela Bolívia e obteve êxito novamente com a destituição do presidente Fernando Lugo.