Segundo Manuel Martínez, professor da Universidade de Tecnologia de Monterrey, no México, os emergentes devem fortalecer ainda mais as coordenações na área econômica. O governo mexicano está mudando seu modo tradicional de desenvolvimento, demasiadamente dependente dos Estados Unidos, e busca mais cooperações comerciais com os países em desenvolvimento.

“Nos últimos anos, o governo mexicano tem dado muita importância ao reforço de contatos comerciais com a China. Atualmente, o valor da exportação do país aos EUA ocupa 80% do total. Porém, existe incerteza nesse padrão de comércio único. Portanto, esperamos fortalecer parcerias de negócio com mais países. As potências econômicas tradicionais estão enfrentando grandes dificuldades. Nesta situação, é importante que as economias emergentes intensifiquem intercâmbios e coordenações.”

O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos divulgou um relatório no qual reviu o crescimento econômico norte-americano para o primeiro trimestre de 2,2% para 1,9%. Além disso, o setor bancário da Espanha precisa de 100 bilhões de euros para se reestruturar. No entanto, diante da situação complicada, as economias emergentes, como a China, apresentaram uma tendência de crescimento estável. Ao falar do assunto, a professora da Universidade de Comércio e Economia Internacional da China, Zhao Xuemei, deu sua opinião.

“A taxa de crescimento econômico global dos últimos anos se mantém em cerca de 4%. Muito por causa do desenvolvimento das economias emergentes. Entre elas, destacam-se os países da América Latina, a China e a Índia. Eles já se tornaram uma força indispensável para a recuperação econômica mundial.”

Quanto ao papel da China no crescimento econômico mundial, o diretor do centro para pesquisa econômica da Universidade do México, José Romero, destacou:

“A China deve aumentar ainda mais a influência do renminbi na Ásia. No momento, a moeda chinesa já se tornou uma moeda de liquidação para negócios entre diversos países. Por exemplo, Hong Kong já começou a usar o renminbi para liquidação no comércio com Londres, capital do Reino Unido. Essa operação pode ajudar outros países a reduzirem os riscos financeiros, além de promover a estabilidade econômica mundial.”

De acordo com a imprensa internacional, as economias emergentes devem aproveitar a oportunidade da cúpula do G20 para fortalecer cooperações comerciais, a fim de dar mais vitalidade ao crescimento econômico global.

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Fonte: Rádio Internacional da China