Em discurso na Organização Mundial do Comércio (OMC), esta semana, alertou ainda que a “crescente globalização da produção de bens industriais, aliada ao desalinhamento do câmbio, podem causar perdas irreversíveis à indústria dos países com moeda valorizada”.

Com o recrudescimento da demanda e a liquidez global e do mercado interno a partir de 2003 a economia do país passou a viver uma dinâmica em que “a entrada de capitais, atraídos por altos juros e novo dinamismo do mercado interno, causa contínua apreciação do real”.

Para Benayon, juros altos para atrair capitais refletem a estrutura dependente e vulnerável, fragilizada por elevados déficits nas transações correntes: “A dívida externa foi usada para aprofundar a ocupação dos espaços e do poder pelo capital estrangeiro. E o privilégio ao serviço dessa dívida no Orçamento foi instituído na Constituição em 1988, sem ser debatido na Constituinte. De 1988 a 2009, a União despendeu, em valores atualizados de dezembro de 2009, a inimaginável quantia de R$ 5,7 trilhões, a título de serviço da dívida”.

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Fonte: Monitor Mercantil