Coordenação: Diogo Santos e Iago Montalvão
1 Eixos de pesquisa
1.1 Desenvolvimento e questão ecológica
Investigar criticamente as propostas teóricas e práticas sobre como lidar com as contradições entre crescimento econômico e impactos ambientais. Crise ambiental e Capitalismo. Civilização ecológica. Desenvolvimento sustentável. Teoria do decrescimento. Ecossocialismo. Bioeconomia. Finanças verdes. Política industrial orientada para diversificação energética. Desenvolvimento regional e biomas brasileiros. Economia solidária, cooperativismo e tecnologia social. Limites do modelo de consumo de massas.
1.2 Desenvolvimento e finanças públicas
Debates contemporâneos sobre as possibilidades de utilização do poder de criação de moeda do Estado. Finanças funcionais. Teoria Monetária Moderna. Teoria Fiscal do Nível de Preços. Déficit público e inflação. Regras fiscais para o desenvolvimento. Novas articulações entre Estado e Mercado.
1.3 Financiamento do Desenvolvimento e dominação financeira
Coordenação pública do financiamento do desenvolvimento e caminho ao Socialismo. Caminhos para a reduzir o poder estrutural da burguesia financeira sobre a política econômica. Papel e institucionalidade do banco central e da política monetária. Papel dos bancos públicos e dos fundos de pensão públicos. Regime de metas de inflação. Controle de capitais. Papel do mercado de capitais. Papel dos bancos multilaterais de desenvolvimento.
1.4 Dimensões política e ideológica do Desenvolvimento
A economia política do desenvolvimento para a atualidade. A relação entre projeto nacional de desenvolvimento e Socialismo no Brasil e suas consequências políticas e econômicas. O programa Socialista do PCdoB. A luta pelo desenvolvimento na história brasileira. Desenvolvimento e interesses de classe no Brasil atual. Burguesia agrária e desenvolvimento. Burguesia industrial e desenvolvimento. Classe trabalhadora, desenvolvimento e luta pelo Socialismo. Desenvolvimento e luta de ideias. Movimentos sociais e desenvolvimento. A questão regional do desenvolvimento. A relação entre poder Executivo e poder Legislativo para o desenvolvimento. Disputas sobre o pós-neoliberalismo.
1.5 Desenvolvimento industrial, científico e tecnológico
O novo debate internacional sobre política industrial. New quality productive forces. Elevação da produtividade do trabalho. As novas experiências de política industrial no mundo. Erros e limites da política industrial no ciclo progressista anterior no Brasil. Estratégias para a nova industrialização. Reformas estruturais do Estado brasileiro e o planejamento de longo prazo. O problema da coordenação da política industrial. Industrialização e superação das desigualdades regionais. Desafios do sistema nacional de inovação. IA como instituição a serviço do Estado para desenvolvimento. Relações público-privado em CT&I. Cidades inteligentes. Transformação Digital.
1.6 Dimensão social do desenvolvimento
Política industrial a serviço dos grandes desafios sociais. Infraestrutura social e urbana. Economia doméstica e de cuidados. Economia assistiva e complexo industrial da saúde. Desenvolvimento regional. Vinculação entre demandas populares e desenvolvimento.
2 Intervenção no debate sobre a conjuntura econômica
Sobre os temas de pesquisa do grupo e suas interfaces com a luta política conjuntural sobre a economia brasileira, os membros do grupo, individual ou coletivamente:
a) produzirão periodicamente materiais como textos, vídeos curtos e outros materiais para as redes sociais da Fundação
b) poderão conceder entrevistas aos órgãos de comunicação do Partido
c) poderão fazer apresentações temáticas em reuniões partidárias e de entidades de massa
d) subsídios à direção
3 Relação com a Academia e intelectualidade progressista
A relação do GAP com a Academia seguirá o seguinte objetivo: ampliar a influência de nossas ideias entre professores e estudantes, de modo a contribuir para a criação de um terreno mais fértil para a ação política do Partido entre este segmento.
Medidas para alcançar esse objetivo:
a) Criar parcerias entre o GAP e grupos de pesquisas em universidades
b) Publicar semestralmente uma nota técnica ou boletim sobre os avanços das pesquisas do grupo e distribuir para a rede de contatos nas universidades
c) Promover seminários com pesquisadores convidados
4 Método de trabalho
A coordenação terá a responsabilidade de marcar as reuniões, mobilizar os participantes, gerir os prazos estabelecidos coletivamente, manter diálogo com a direção da Fundação, buscar atender eventuais demandas dos membros no que se refere às atividades dos eixos de pesquisa. As reuniões ordinárias do GAP serão mensais. Em cada reunião um ou mais membros ficarão responsáveis por fazer uma apresentação, que será seguida de debate. A apresentação pode compreender, por exemplo, conhecimento acumulado sobre o tema, resenha crítica de algum texto relevante para a pesquisa, texto próprio em andamento, trabalho com dados pertinentes à pesquisa e outros.
Os membros do grupo serão alocados nos eixos de pesquisa, podendo estar em mais de um.
Será produzido um texto curto por mês como produto do andamento do trabalho do grupo.
Será feita uma publicação semestral mais densa consolidando cada etapa de evolução do trabalho de pesquisa do grupo.
5 Proposta de primeiro tema a ser debatido pelo grupo:
Análise do programa Nova Indústria Brasil (NIB) e apontamentos para alavancar a reindustrialização no Brasil
O objetivo é analisar a NIB a partir dos eixos de pesquisa, ou seja, direcionar a investigação dos temas presentes nos eixos para a análise concreta dos caminhos e desafios da reindustrialização no Brasil.