Comunicação sindical – Em um país polarizado politicamente como o Brasil existem, entretanto, várias unanimidades. Uma delas é o desconhecimento quase total do papel ativo do movimento sindical dos trabalhadores e de suas direções na criação e manutenção da política de valorização do salário-mínimo e na conquista de ganhos reais de salários dos empregados nas inúmeras campanhas e negociações durante o ano de 2024.
Estes resultados têm sido essenciais para a positividade da conjuntura e são subestimados e mesmo desconhecidos no que se refere ao papel dos sindicatos.
Este é um fato que confirma a fraqueza da comunicação sindical entre os trabalhadores e as trabalhadoras, entre os formadores de opinião e os jovens, nas redes de internet, nas várias instâncias de governo e nos partidos políticos.
Para corrigir esta deficiência sugiro que façamos de 2025 o ano da comunicação sindical, em que esta preocupação complemente todas as outras iniciativas e lhes dê uma marca.
A comunicação sindical tem, pelo menos, quatro eixos de caracterização, de desenvolvimento e de tarefas:
1 – O ator principal da comunicação é o próprio dirigente em sua “subida” às bases; nada substitui o contato pessoal entre o dirigente e os trabalhadores e trabalhadoras;
2 – Os procedimentos atuais e correntes de comunicação (e suas equipes) devem ser reforçados com profissionais experientes, engajados e respeitados;
3 – Para enfrentar as debilidades nas redes de internet é preciso contratar profissional competente e experimentado em tal tarefa que nos ensine o “pulo do gato”;
4 – A mídia grande precisa ser sensibilizada, com iniciativas sindicais amigáveis, constantes, oportunas e informativas.
Façamos de 2025 o ano da comunicação sindical com a relevância dos dirigentes, com equipes de comunicação fortalecidas, com profissional que nos tornem íntimos das redes de internet e com uma aproximação inteligente com a mídia grande.
João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical de diversas entidades de trabalhadores em São Paulo.
Este é um artigo de opinião. A visão dos autores não necessariamente expressa a linha editorial da FMG.
