O entardecer da última sexta-feira (24) reservou aos(as) participantes do Curso Nível III da Escola Nacional João Amazonas um momento de profunda emoção, com a visita do inestimável camarada Renato Rabelo para acompanhar a conferência da camarada Luciana Santos, presidenta nacional do Partido e Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, na sede nacional, em São Paulo.
A presença de Renato, no entanto, não se resumiu a abrilhantar a formação com sua ilustre participação. A Escola aproveitou a ocasião para homenagear o dirigente comunista, dando seu nome à turma de 2025 do Curso Nível III.
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No ato de homenagem a Renato, além da presidenta Luciana Santos, que ressaltou sua importância histórica, Altair Freitas, diretor da Escola Nacional, destacou seu papel como incentivador da retomada do trabalho de formação a partir de 2003 e sua atuação como professor em todos os cursos Nível III entre 2009 e 2020, sempre apresentando ideias inovadoras que repercutiram com grande impacto no coletivo partidário. Walter Sorrentino, presidente da Fundação Maurício Grabois, e Adalberto Monteiro, Secretário Nacional de Formação e Propaganda, também enfatizaram o papel de Renato como dirigente partidário e como formulador de ideias avançadas na luta pelo socialismo no século XXI.
Comovendo a todos, Renato pediu a palavra e declarou: “Me sinto profundamente emocionado neste momento, porque o partido faz parte da minha vida, o partido é toda a minha vida. Foi nele que construí minha trajetória e minha perspectiva de futuro.” O auditório encerrou a homenagem entoando as palavras de ordem: “1, 2, 3, 4, 5 mil… e viva o Partido Comunista do Brasil” e “Renato, guerreiro, do povo brasileiro”.
Trajetória histórica
Renato Rabelo presidiu o PCdoB por 14 anos (2001-2015) e foi presidente de honra da Fundação Maurício Grabois, que também liderou entre 2016 e 2023. Com uma longa trajetória de luta política que remonta à resistência contra a ditadura militar de 1964 e atuando como dirigente do PCdoB desde os anos 1970, Renato é uma das principais lideranças políticas do país, além de ser um construtor e ideólogo do Partido. Ele sucedeu o histórico dirigente comunista João Amazonas no final de 2001. Sob sua liderança, o PCdoB atuou com protagonismo na vitória do presidente Lula em 2002, na participação dos comunistas em seus dois governos, nos governos da presidenta Dilma Rousseff, e na resistência democrática contra o golpe de 2016 e o avanço da extrema-direita.
Grandiosas foram as contribuições de Renato para a formulação tática e estratégica do PCdoB, em especial na elaboração do Programa Socialista e na construção das alianças políticas do Partido. Diversos dos seus artigos e livros são, hoje, parte do acervo teórico do trabalho contínuo de formação da Escola João Amazonas.