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    Comunicação

    Estadão acusa comunistas de corrupção… em 1955

    Caiu no vazio a provocação contra o “Notícias de Hoje” (jornal do Partido Comunista do Brasil em São Paulo) Pega-se agora “O Estado de S. Paulo” numa alegação imbecil sobre o valor das mercadorias — lista oficial da SUMOC Completamente desmascarado, o “O Estado de S. Paulo” mudou de tom na sua ridícula provocação contra […]

    POR: Redação

    3 min de leitura

    Caiu no vazio a provocação contra o “Notícias de Hoje” (jornal do Partido Comunista do Brasil em São Paulo)

    Pega-se agora “O Estado de S. Paulo” numa alegação imbecil sobre o valor das mercadorias — lista oficial da SUMOC

    Completamente desmascarado, o “O Estado de S. Paulo” mudou de tom na sua ridícula provocação contra o jornal “Notícias de Hoje”, a propósito da importação de máquinas e material de imprensa chegado a Santos para aquele vibrante jornal popular.

    Agora, o “Estadão” não fala mais em “espionagem”, nem em “53 milhões de cruzeiros”, nem mesmo nas famosas caixas submarinas que o Sr. Júlio Mesquita, dono do jornal da UDN, julgava ser o seu grande trunfo nessa campanha de deturpação e calúnia. Agora só batem numa tecla e muito mais frágil: dizem que o valor real da mercadoria não corresponde ao que pagamos.

    Essa nova manobra do “Estadão” também é por si mesma desmoralizada, pois os três caixotes não foram sequer abertos e os “cherloques” do “Estadão” que viram numa simples teleobjetiva um “poderoso aparelho de espionagem”; numa simples clicheria “uma estranha máquina fotográfica de 479 quilos e 850 gramas”, e em correntes máquinas fotográficas “robot”, “aparelho para fotos submarinas”, não tem nenhuma autoridade para avaliar os preços dessas mercadorias.

    Pago ao Banco do Brasil

    Que confiança pode infundir aos seus leitores um jornal que disse, no primeiro dia, que a mercadoria era avaliada em mais de 50 milhões de cruzeiros, baixou esse valor, no dia seguinte, para 20 milhões, e no terceiro dia já não tem coragem para citar nenhuma cifra?

    O “Estadão” afirmou no primeiro e segundo dias que a mercadoria tinha sido paga pela União Soviética, e no terceiro dia foi obrigado a publicar uma nota da SUMOC reconhecendo a legalidade e a lisura daquela importação, e informando ainda que a transação foi feita por intermédio do Banco Holandês Unido e o dinheiro depositado no Banco do Brasil

    Câmbio oficial por força de lei

    Esta nova provocação do “O Estado de S. Paulo” de que “Notícias de hoje” pagou menos do que vale realmente a mercadoria, é argumento de quem não tem mais nada que inventar, pois, como é sabido, a lei 1,386, de 18-6-51, exclui do regime de licença-prévia de importação de materiais destinados exclusivamente ao consumo de jornais e revistas.

    Sendo assim, é natural que saia esse material importado mais barato do que o preço comum nas casas especializadas, uma vez que é comprado ao dólar ao câmbio oficial, isto é, a Cr$ 18,82, conforme manda a lei.