O simpósio “Desafios brasileiros em direção ao novo ciclo de desenvolvimento soberano”, organizado pela Fundação Maurício Grabois, debateu, nessa terça-feira (18), a crise do neoliberalismo e as tendências atuais da financeirização. O tema foi abordado na quinta mesa do evento, que contou com a participação dos professores José Carlos Braga, Miguel Bruno e Marcelo Fernandes.
Professor titular do Instituto de Economia da Unicamp, José Carlos Braga argumentou que o Brasil não pode ser considerado um país em desenvolvimento, pois vivemos uma época de desindustrialização. “Nenhum dos governos progressistas ou ditos progressistas que estiveram presentes depois dos anos 80 foram capazes de montar um Plano Nacional de Desenvolvimento”, sustentou Braga.
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O economista Miguel Bruno teceu diversas críticas ao setor financeiro nacional que trava o desenvolvimento do país. “A gente tem no Brasil uma república dos banqueiros e do agronegócio que submete o Congresso Nacional e o governo federal”, afirmou Bruno.
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Professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Marcel Fernandes assumiu o papel de moderador do debate e reafirmou o que os seus colegas disseram anteriormente. “O Brasil está há 10 anos sob ajuste fiscal”, lembrou Fernandes. Seguindo a linha de Braga, Fernandes registrou que a última vez que houve um Plano Nacional de Desenvolvimento no país foi no regime militar.
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O debate teve coordenação de Nereide Saviani.
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Na quarta-feira (19/03), o Simpósio tem continuidade com a mesa “Ascenso do neofascismo e as guerras culturais e híbridas” com a participação de Danilo Martuscelli, João Castro Rocha e Aldo Arantes.
Em breve a íntegra de todos os debates estará disponível na TV Grabois.
