O simpósio “Desafios brasileiros em direção ao novo ciclo de desenvolvimento soberano”, organizado pela Fundação Maurício Grabois, debateu, nessa quinta-feira (20), o modelo de Estado burguês liberal em face do capitalismo financeirizado. O tema foi abordado na sétima mesa do evento, que contou com a participação dos professores Pietro Alarcón, Felipe Toledo e Gisele Cittadino.

Professora de direito da PUC-Rio, Gisele Cittadino apresentou uma importante defesa da Constituição de 1988. “A gente precisa enfrentar o golpe da forma como não fomos capazes de enfrentar os ditadores de 64. A gente precisa fazer isso agora, pois se a gente não faz isso agora, a gente talvez jogue no lixo a conquista de 88”, sustentou Cittadino. 

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Doutor em Direito pela PUC-SP, Pietro Alarcon demonstrou como é a luta de classes que faz com que os direitos avancem. “Não há direitos em nenhuma constituição que sejam resultados do processo de expansão do capital. Os direitos são resultados da luta social e da mobilização popular”, explicou Alarcon.

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Doutor em História, Felipe Toledo relembrou a tortura e a violência política no país. “É muito triste você imaginar que as pessoas que foram mortas na ditadura militar não tiveram os seus algozes condenados”.

A crise do neoliberalismo e as tendências atuais da financeirização foi outro tema debatido no Simpósio; veja como foi 

O debate teve coordenação de Júlia Roland e moderação de Ronald Freitas.

Nesta sexta-feira (21), o Simpósio tem continuidade com a mesa “Geopolítica – papel da China, BRICS e Sul Global ” com a participação de Elias Jabbour, Javier Vadell e Ana Prestes.

Em breve a íntegra de todos os debates estará disponível na TV Grabois.