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    Economia

    Juros no Brasil é caso de polícia

    Artigo investiga o papel do Banco Central na financeirização da economia brasileira, revela os beneficiários dos juros altos e denuncia a transferência sistemática de riqueza para o capital financeiro internacional.

    POR: Miguel Manso

    18 min de leitura

    Por que os juros não caem e quem, afinal, manda no Banco Central do Brasil?

    O BCB é o principal instrumento de transferência de riqueza e de subordinação à financeirização rentista internacional, a serviço dos BIG Bancos dos EUA.

    Quais são os crimes contra a economia popular?

    Os crimes contra a economia popular, no Brasil, estão previstos na Lei nº 1.521/51 e referem-se a atos que ferem a livre concorrência ou que visem à formação de cartéis, oligopólios ou monopólios e à manipulação de preços e de tendências do mercado. É uma lei federal que define os crimes e contravenções contra a economia popular, promulgada em 26 de dezembro de 1951. Entre os crimes previstos na lei estão:

    • Agiotagem

    • Obter lucro patrimonial que exceda o quinto do valor da prestação

    • Formação de oligopólio ou cartel

    Como se costuma dizer e fazer na investigação policial de crimes graves: é preciso investigar quem é o principal beneficiário do crime e qual é a arma do crime.

    Cesare Lombroso, um dos pioneiros da criminologia moderna, destacava a importância de entender os motivos por trás do crime. Ele afirmava:

    “O criminoso não age sem motivo; é preciso buscar quem lucra com o crime para compreender sua origem.”

    Essa visão reforça a necessidade de investigar o beneficiário do crime.

    Edmond Locard, criador do princípio da troca de Locard, que é fundamental na criminalística, enfatizava:

    “Todo contato deixa um rastro. A arma do crime é tão importante quanto o motivo, pois ela é o elo material entre o criminoso e a vítima.”

    Isso ressalta a importância de identificar e analisar a arma do crime como parte essencial da investigação.

    Hans Gross, considerado o pai da criminalística moderna, destacava:

    “A investigação criminal deve ser metódica e abrangente. Saber quem se beneficia com o crime é tão crucial quanto descobrir como ele foi cometido.”

    Essa afirmação reforça a dualidade entre o “quem” (beneficiário) e o “como” (arma/método).

    Vicente Garrido Genovés, criminólogo espanhol, complementa:

    “A análise do crime não se limita ao ato em si, mas às relações de poder e interesse que o cercam. O beneficiário pode não ser o executor, mas é sempre parte fundamental do quebra-cabeça.”

    Isso evidencia a complexidade das investigações, que vão além do autor material.

    Gilberto Velho, antropólogo e estudioso da violência urbana, observou:

    “Em crimes complexos, a motivação econômica ou política é frequentemente o fio condutor. Investigar quem ganha com o crime é essencial para desvendar suas ramificações.”

    Essa perspectiva é particularmente relevante em casos de crimes organizados ou de grande impacto.

    Não é necessário grande esforço técnico para desmontar os “álibis” e comprovar que juros altos no Brasil não combatem a inflação e nem impedem a alta de preços de alimentos e dos preços ao consumidor; ao contrário, os encarecem. Muito menos é necessário apresentar tabelas que demonstrem que o aumento da Selic só faz aumentar os juros do cartão de crédito ou dos empréstimos — mesmo o do consignado, sem risco, já que é sacado diretamente dos salários dos trabalhadores e aposentados. Nem é necessário demonstrar que o endividamento excessivo das famílias e empresas é um instrumento de chantagem e expropriação da riqueza dos pobres e de concentração nas mãos de poucos ricos. O povo sente o crime na “carne” — e o Brasil também.

    Leia mais: Meta de inflação e juros altos – política monetária prejudica o Brasil e enriquece setor financeiro

    Este artigo revela os beneficiários dos criminosos juros praticados e o papel do Banco Central do Brasil (BCB) como arma e mecanismo central na transferência de riqueza e poupança nacional para o exterior, oferecendo uma resposta indiscutível sobre por que os juros não caem. Bem como revela a subordinação do Banco Central do Brasil ao sistema financeiro internacional, particularmente aos bancos dos Estados Unidos.

    As políticas monetárias e cambiais do BCB, subordinadas aos ditames de interesses externos, favorecem a financeirização rentista e parasitária, em detrimento do desenvolvimento econômico e da soberania nacional.

    Utilizando dados macroeconômicos, fluxos de capitais e taxas de juros, o estudo evidencia como o Brasil se insere no sistema financeiro global como fornecedor de recursos e poupança para economias centrais, especialmente os EUA.

    A globalização financeira tem redefinido as relações econômicas entre oligopólios financeiros e países, consolidando uma hierarquia onde nações periféricas, como o Brasil, assumem o papel de fornecedoras de recursos para centros financeiros hegemônicos, particularmente os Estados Unidos. Nesse contexto, o Banco Central do Brasil (BCB) emerge como um ator-chave na mediação dessa transferência de riqueza.

    As políticas do BCB, especialmente suas taxas de juros elevadas e a gestão do câmbio, facilitam a drenagem de poupança interna para o exterior, consolidando uma dinâmica de subordinação à financeirização rentista internacional.

    Sabemos como é importante, na luta política, em certas circunstâncias — como no caso do racismo, do feminicídio —, ir além da denúncia. É preciso criminalizar e judicializar crimes bárbaros contra a economia popular e o povo brasileiro; sem isso, o crime não cessa e o criminoso serial não para. Urge mobilizar, instrumentalizar e abrir o devido processo criminal e investigativo, no Congresso Nacional e na Suprema Corte, para conter o crime e punir os criminosos por formação de cartel contra a economia popular e a Nação.

    Vamos iniciar a investigação e a argumentação pelo contexto e mecanismos.

    A Financeirização Global e o Papel dos Bancos Centrais

    A financeirização, entendida como a predominância do capital financeiro sobre o produtivo, é um fenômeno global que redefine as relações sociais, econômicas e políticas.

    Nesse sistema, bancos centrais de países periféricos atuam como intermediários, garantindo a transferência de recursos para centros financeiros hegemônicos.

    O BCB, ao adotar políticas monetárias restritivas e manter taxas de juros elevadas, “atrai” fluxos de capitais especulativos, que são posteriormente repatriados com ganhos expressivos, beneficiando instituições financeiras estrangeiras.

    Transferência de Riqueza via Políticas Monetárias e Cambiais

    As altas taxas de juros no Brasil, historicamente superiores às praticadas em economias centrais, funcionam como um mecanismo de atração de capitais externos.

    No entanto, esses fluxos são voláteis e direcionados para aplicações financeiras de curto prazo, em vez de investimentos produtivos.

    Quando esses capitais são repatriados, ocorre uma transferência líquida de recursos para o exterior, em um processo que drena a poupança interna e fragiliza a balança de pagamentos.

    Além disso, a política cambial do BCB, que frequentemente prioriza a estabilidade do câmbio para controle inflacionário, acaba por subsidiar a saída de divisas. A manutenção de reservas internacionais elevadas, aplicadas em títulos do Tesouro dos EUA, representa uma transferência indireta de recursos para a economia norte-americana.

    Especialistas debateram a crise do neoliberalismo e as tendências atuais da financeirização em Simpósio da Grabois. Assista:

    Subordinação ao Sistema Financeiro dos EUA

    A integração financeira do Brasil ao sistema global o coloca em uma posição de subordinação em relação aos EUA.

    Bancos norte-americanos e fundos de investimento são os principais beneficiários das políticas do BCB, que garantem retornos elevados e seguros por meio de títulos públicos e operações de carry trade.

    Essa dinâmica reforça o caráter rentista e parasitário do sistema, no qual o setor financeiro global extrai valor da economia real brasileira sem contribuir para o seu desenvolvimento.

    Dados e Evidências

    Análises de dados macroeconômicos demonstram que, entre 2000 e 2023, o Brasil acumulou um saldo negativo em sua conta financeira, com saídas líquidas de recursos superiores a 500 bilhões de dólares — aproximadamente 2,8 trilhões de reais.

    Além disso, as reservas internacionais do Banco Central do Brasil, que ultrapassam 300 bilhões de dólares, são majoritariamente aplicadas em títulos do Tesouro dos EUA, gerando retornos mínimos em comparação aos juros pagos por títulos brasileiros. Ou seja, financiam o déficit do governo americano, que utiliza nossa reserva para financiar seus Big Bancos e Big Techs. Esse descompasso evidencia a transferência de riqueza para o exterior.

    O Banco Central do Brasil desempenha um papel central na transferência de riqueza e poupança nacional para o exterior, consolidando uma relação de subordinação ao sistema financeiro internacional, especialmente aos EUA.  As políticas monetárias e cambiais adotadas pelo BCB favorecem a financeirização rentista e parasitária, em detrimento do desenvolvimento econômico e da soberania nacional.

    Para reverter esse cenário, é necessária uma reavaliação profunda do papel do BCB e a adoção de políticas que priorizem o interesse nacional sobre os fluxos financeiros globais.

    A Financeirização do Sistema Capitalista, a Formação do Capital Fictício e a Expropriação na Fase Imperialista

    A financeirização, entendida como a predominância do capital financeiro sobre o produtivo, é um fenômeno estrutural do capitalismo contemporâneo, violentamente agravado pelas políticas de desregulamentação do neoliberalismo que foram adotadas desde a década de 90. 

    Na fase imperialista e declinante do sistema, a formação exponencial de capital fictício (D -> D’) – onde o dinheiro gera mais dinheiro sem mediação da produção – torna-se a principal forma de expropriação e concentração de riqueza. 

    Esse processo está intrinsecamente ligado à crise estrutural do capitalismo, à perda de eficiência e à queda da taxa de lucro,  reforça o caráter anti nacional, excludente, rentista e parasitário do capitalismo.

    A Financeirização e a Formação do Capital Fictício

    A financeirização é um processo no qual o capital financeiro assume hegemonia sobre o capital produtivo, gerando uma dinâmica especulativa que descola o valor do dinheiro (D) da produção real de mercadorias.

    Como destacam Lapavitsas (2013) e Chesnais (2016), o capital fictício — representado por títulos, derivativos, ações e outros instrumentos financeiros — cresce de forma exponencial, alimentado pela lógica das bolsas do chamado “mercado financeiro” (vulgarmente e erroneamente chamado de “mercado”). Trata-se de uma dinâmica essencialmente especulativa, voltada para a valorização de papéis sem lastro na economia real (D → D’).

    Esse processo é impulsionado pela necessidade de compensar a queda da taxa de lucro no setor produtivo, devido ao processo de modernização tecnológica, conforme previsto por Marx e atualizado por autores como David Harvey (2010).

    Leia também: Análise marxista sobre as crises do capitalismo financeirizado

    Dados do Bank for International Settlements (BIS, 2023) mostram que o mercado global de derivativos ultrapassou 12 trilhões de dólares em 2023, enquanto o PIB mundial foi de cerca de 100 trilhões.

    O crescente e exponencial capital fictício é mais de sete vezes maior que o PIB global (800 trilhões de dólares em papéis, contra 100 trilhões do PIB), evidenciando a desconexão entre a economia financeira e a economia real.

    Essa discrepância evidencia a desconexão entre o capital fictício e a economia real, consolidando uma dinâmica parasitária que extrai valor sem gerar riqueza material.

    A Expropriação na Fase Imperialista

    A financeirização é a principal forma de expropriação na fase imperialista do capitalismo, em que as elites financeiras buscam compensar a perda de eficiência e competitividade do setor produtivo.
    Como destacam Foster e Magdoff (2009), a superextração da mais-valia é ampliada por meio da exploração de outros setores da burguesia e da intensificação da superexploração da classe trabalhadora.

    No Brasil, por exemplo, a taxa de lucro do setor financeiro cresceu 15% ao ano entre 2010 e 2020, enquanto a indústria de transformação registrou queda de 2% no mesmo período (IPEA, 2023).
    Esse desequilíbrio reflete a transferência de riqueza do setor produtivo para o financeiro, consolidando uma dinâmica rentista e parasitária.
    Nos países periféricos, como o Brasil, a financeirização agrava a dependência econômica e a subordinação aos interesses das elites financeiras globais, especialmente dos Estados Unidos.

    O Caráter Anti-Nacional da Financeirização

    A financeirização tem um caráter antinacional, pois desvia recursos da economia real e enfraquece a soberania econômica dos Estados nacionais. Como destacam Chesnais (2016) e Lapavitsas (2013), o capital financeiro opera de forma transnacional, subordinando as políticas econômicas nacionais aos interesses dos mercados globais.

    No Brasil, por exemplo, as altas taxas de juros e a política de câmbio flutuante favorecem a entrada e saída de capitais especulativos, em detrimento de investimentos produtivos e do desenvolvimento industrial.

    Leia também: Crescem os desafios que Governo Lula 3 precisa superar

    Dados do Banco Central do Brasil (2023) mostram que, entre 2010 e 2023, os fluxos de capitais especulativos (investimentos de curto prazo) representaram mais de 60% do total de entradas de recursos externos, enquanto os investimentos diretos (produtivos, em geral voltados à aquisição de empresas e à desnacionalização) corresponderam a menos de 40%.
    Essa dinâmica reforça a dependência externa e fragiliza a capacidade do Estado de implementar políticas de desenvolvimento nacional.

    O Caráter Excludente da Financeirização

    A financeirização é intrinsecamente excludente, pois concentra riqueza nas mãos de uma minoria global enquanto marginaliza a maioria da população. Segundo Piketty (2014), a desigualdade de renda e riqueza atingiu níveis históricos no século XXI, com o 1% mais rico acumulando mais de 45% da riqueza global.

    Nos países periféricos, essa desigualdade é ainda mais acentuada, pois a financeirização drena recursos públicos e privados para o setor financeiro, em detrimento de políticas sociais e de investimentos em infraestrutura.

    No Brasil, a concentração de renda aumentou significativamente nas últimas décadas. Dados da Oxfam (2023) revelam que os 5% mais ricos detêm mais de 50% da renda nacional, enquanto os 50% mais pobres possuem menos de 10%. Essa desigualdade é alimentada pela lógica rentista do capitalismo financeirizado, que privilegia a acumulação de capital fictício em detrimento da geração de empregos e da distribuição de renda.

    Além disso, a financeirização é parasitária, pois depende da drenagem de recursos da economia real para sustentar a acumulação financeira. Como argumenta Hudson (2015), o setor financeiro funciona como um “parasita” que extrai valor da produção, do trabalho e dos recursos naturais, sem contribuir para o desenvolvimento social ou econômico.

    O Caráter Rentista da Financeirização

    O rentismo é uma característica central do capitalismo financeirizado, no qual o capital busca retornos sem mediação da produção. Como argumenta Hudson (2015), o setor financeiro funciona como um “parasita” que extrai valor da economia real, gerando renda por meio de juros, dividendos e ganhos especulativos.

    Esse processo é particularmente evidente nos países periféricos, onde as taxas de juros elevadas atraem capitais externos que são repatriados com lucros expressivos. No Brasil, a taxa básica de juros (Selic) manteve-se em patamares elevados por décadas, chegando a superar 14% ao ano em alguns períodos. Enquanto isso, os investimentos em infraestrutura e desenvolvimento tecnológico ficaram estagnados.

    Dados do IPEA (2023) mostram que, entre 2000 e 2023, o setor financeiro cresceu a uma taxa média anual de 8%, enquanto a indústria de transformação cresceu apenas 1,5% ao ano.
    Esse desequilíbrio reflete a predominância do rentismo sobre o desenvolvimento produtivo.

    O Caráter Parasitário da Financeirização

    A financeirização é parasitária, pois depende da drenagem de recursos da economia real para sustentar a acumulação financeira. Como destacam Foster e Magdoff (2009), o setor financeiro extrai valor da produção, do trabalho e dos recursos naturais, sem contribuir para o desenvolvimento social ou econômico. Esse processo é particularmente danoso nos países periféricos, onde a dependência de capitais externos e a fuga de divisas agravam a vulnerabilidade econômica.

    No Brasil, a fuga de capitais atingiu níveis recordes nos últimos anos. Segundo o Banco Central (2023), mais de 300 bilhões de dólares deixaram o país entre 2010 e 2023, em um processo que drena recursos essenciais para o desenvolvimento nacional.

    O capitalismo financeirizado assume um caráter antinacional, excludente, rentista e parasitário, que agrava as desigualdades sociais e a dependência econômica dos países periféricos. A hegemonia do capital financeiro sobre o produtivo desvia recursos da economia real, enfraquece a soberania nacional e concentra riqueza nas mãos de uma minoria global.

    Para superar essa dinâmica, é necessária a implementação de políticas que priorizem o desenvolvimento produtivo, a distribuição de renda e a regulação do setor financeiro. A experiência histórica demonstra que apenas a superação do capitalismo financeirizado pode garantir um modelo econômico mais justo e sustentável.

    A financeirização no Sistema Socialista

    Enquanto o capitalismo avança em sua fase financeirizada, o sistema socialista emerge como uma alternativa histórica que busca superar as contradições inerentes ao capital. Como argumenta Samir Amin (2018), a financeirização é a expressão máxima da decadência do capitalismo, onde a acumulação de capital fictício substitui a produção real, aprofundando as desigualdades e a exploração.

    Em contraste, o socialismo propõe a socialização dos meios de produção e a subordinação do capital financeiro ao desenvolvimento social e econômico. A experiência chinesa, por exemplo, demonstra como a regulação estatal do setor financeiro pode limitar a formação de capital fictício e direcionar recursos para investimentos produtivos. Segundo dados do Banco Mundial (2023), a China investiu mais de 40% de seu PIB em infraestrutura e desenvolvimento tecnológico entre 2010 e 2020, enquanto os EUA direcionaram menos de 20% para o setor produtivo, privilegiando o mercado financeiro.

    A financeirização do sistema capitalista, impulsionada pela formação exponencial de capital fictício (D → D’), é, portanto, a principal forma de expropriação na fase imperialista e declinante do capitalismo. Esse processo compensa a queda da eficiência, da competitividade e da taxa de lucro do setor produtivo, impondo o domínio financeiro e intensificando a superexploração da classe trabalhadora.

    Enquanto o capitalismo aprofunda seu caráter excludente, rentista e parasitário, o sistema socialista emerge como uma alternativa histórica que busca superar essas contradições.
    A regulação do setor financeiro e a socialização dos meios de produção são passos essenciais para construir um modelo econômico mais justo e sustentável.

    Referências
    • Amin, S. (2018). Capitalism in the Age of Globalization.
    • Chesnais, F. (2016). Finance Capital Today: Corporations and Banks in the Lasting Global Slump.
    • Foster, J. B., & Magdoff, F. (2009). The Great Financial Crisis: Causes and Consequences.
    • Harvey, D. (2010). The Enigma of Capital and the Crises of Capitalism.
    • Hudson, M. (2015). Killing the Host: How Financial Parasites and Debt Bondage Destroy the Global Economy.
    • Lapavitsas, C. (2013). Profiting Without Producing: How Finance Exploits Us All.
    • Piketty, T. (2014). Capital in the Twenty-First Century.
    • Banco Mundial (2023). World Development Indicators.
    • Bank for International Settlements (BIS, 2023). Derivatives Statistics.
    • IPEA (2023). Relatórios de Conjuntura Econômica.
    • Chesnais, F. (1996). A Mundialização do Capital.
    • Lapavitsas, C. (2013). Profiting Without Producing: How Finance Exploits Us All.
    • Banco Central do Brasil. Relatórios de Política Monetária e Balanço de Pagamentos.
    • IMF (International Monetary Fund). World Economic Outlook Database.
    • Foster, J. B., & Magdoff, F. (2009). The Great Financial Crisis: Causes and Consequences.
    • Hudson, M. (2015). Killing the Host: How Financial Parasites and Debt Bondage Destroy the Global Economy.
    • Lapavitsas, C. (2013). Profiting Without Producing: How Finance Exploits Us All.
    • Piketty, T. (2014). Capital in the Twenty-First Century.
    • Banco Central do Brasil (2023). Relatórios de Política Monetária e Balanço de Pagamentos.
    • IPEA (2023). Relatórios de Conjuntura Econômica.
    • Oxfam (2023). Relatório sobre Desigualdade Global.

     

    Miguel Manso é pesquisador do Grupo de Pesquisa sobre Desenvolvimento Nacional e Socialismo da Fundação Maurício Grabois – Engenheiro Eletrônico formado pela USP e Diretor de Políticas Públicas da EngD – Engenharia pela Democracia.