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    Democracia

    Essência da luta democrática é a soberania, afirma Walter Sorrentino em ato pela democracia

    No Dia da Democracia, ato em São Paulo reuniu lideranças contra a anistia aos golpistas e em defesa do STF

    POR: Leandro Melito

    4 min de leitura

    Walter Sorrentino fala durante ato do "Direitos Já! Fórum pela Democracia". Foto: Carolina Bataier / Brasil de Fato
    Walter Sorrentino fala durante ato do "Direitos Já! Fórum pela Democracia". Foto: Carolina Bataier / Brasil de Fato

    O Dia Internacional da Democracia, celebrado em 15 de setembro, foi marcado por um ato do Direitos Já! Fórum pela Democracia, que reuniu líderes políticos, artistas e acadêmicos no Teatro Tuca, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), na zona Oeste de São Paulo (SP).

    Expresso no manifesto, o evento formou uma coalizão de apoio à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    “O PCdoB se sente integrado ao manifesto que hoje aprovamos. Quero dizer que de fato é uma celebração. Celebramos uma grande sentença contra os golpistas pela primeira vez em 136 anos de história democrática da República. Mas isto continua sendo um ato de mobilização para dizer que jamais ficaremos acuados diante dos golpistas. Para dizer que nós precisamos formar um escudo cívico, democrático, em defesa do Supremo Tribunal Federal e da sua sentença”, defendeu Walter Sorrentino, vice-presidente do PCdoB e presidente da Fundação Maurício Grabois.

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    Além do movimento de apoio à decisão do STF, Sorrentino destacou a necessidade de mobilização contra as tentativas de anistiar os golpistas em curso no Congresso Nacional.

    “Anistia nesse contexto não é pacificação, anistia é para acirrar os ânimos nas instituições, dentro do Congresso, contra o Supremo. Anistia é para estimular golpistas, anistia é para apoiar Trump que agride o país. Isso não é pacificação. Portanto a nossa mobilização, a mobilização da sociedade civil segue determinante e eu faço votos de que o Direitos Já, com todo esse protagonismo, se mantenha mais ativo ainda, porque essa é uma hora em que a luta democrática, sua essência, conflui pela luta pela soberania do país. A essência da luta democrática é a luta pela soberania de um país”, destacou.

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    Sorrentino iniciou sua fala momentos após o vice-presidente Geraldo Alckmin subir ao palco do evento. “Um grande papel do vice-presidente Alckmin que aqui nos honra, jogando um papel estratégico hoje na luta pelos interesses da soberania nacional, pela autodeterminação nacional e pelo orgulho nacional. Tenho certeza que nós todos estaremos e estamos à altura desses novos desafios.”

    Em sua fala, Alckmin recordou uma frase do ex-governador de São Paulo, Mário Covas (1930-2001) de que, “o que diferencia os homens e as mulheres públicas é quem tem apreço pela democracia”.

    “Se, perdendo a eleição, tentaram dar um golpe, imagine se tivessem ganho. E, pior, mesmo fora do governo, continuam trabalhando contra o interesse do povo brasileiro lá fora, espalhando fake news para prejudicar o emprego e as empresas do Brasil. Por isso, nós temos muito a celebrar e não pode haver delito maior para um político do que tramar contra a democracia brasileira. Então, o Poder Judiciário agiu muito bem”, declarou o vice-presidente.

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    A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bianca Borges, recordou da invasão da PUC-SP em 1977 pelos agentes de repressão da ditadura militar, durante o 3º Encontro Nacional de Estudantes.

    “Não tem anistia para quem ataca a democracia. A educação é o principal caminho para construir o Brasil soberano do qual tanto falamos. A educação é ferramenta de combate às desigualdades e uma possibilidade de emancipação do nosso povo. Com tiranos não combinam os corações brasileiros, e o Brasil soberano nos une”, destacou. A presidente da UNE ressaltou ainda que a entidade está mobilizada para impedir a anistia aos golpistas.

    Em sua participação remota, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou a resposta aos ataques de 8 de janeiro de 2023 “veio do povo brasileiro, das instituições que resistiram, da mobilização de amplos setores da sociedade civil”. “Não fosse a integridade das nossas instituições e a defesa intransigente da sociedade brasileira, talvez não estivéssemos aqui hoje reunidos para celebrar a democracia”, afirmou.

    Assista à íntegra do ato:

     

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