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    Colunas

    o sabor da morte
    o sabor da morte

          Os humanos andam buscando hábitos saudáveis. As estatísticas dizem: vivemos mais. A expectativa vital roça os oitenta anos. Embora os números não sejam revelados, contingentes enormes morrem todos os dias. Ali, um furacão; além, um terremoto; algures, um

    Sob a lua
    Sob a lua

          Rompida a face da manhã, o que lhe sobraria senão as cores do tudo em torno? Da pouca luz, recolheria cada peça de roupa largada pelo caminho entre a sala e a varanda, e sobreporia, à memória caída

    Haicai
    Haicai

    manhã de sol o colibri beija a flor bom dia com calor

    Pedra de Sol
    Pedra de Sol

    (…) amar é combater, se dois se beijam o mundo é outro, encarnam-se os desejos, o pensamento encarna, brotam asas no torso curvo de um escravo, o mundo é real, tangível, o vinho é vinho, o pão volta a

    Poema de circunstância
    Poema de circunstância

    à frente do corpo havia um mudo mundo parado dentro do copo de iogurte oferecido feito oferenda ao morto negro que já não sonhava certamente (embora adjetivos desse tipo estejam tão fora do atual padrão poético) eu não morri

    Começar de novo
    Começar de novo

          O vento do mar tem cheiro de vida, onde sutilmente procuro me equilibrar. O  vento do mar acaricia o meu rosto com areias de esperança. O vento do mar perfuma o meu corpo com o suor de alegria.

    Táctica e estratégia
    Táctica e estratégia

    Minha táctica é olhar-te, aprender como és, querer-te como és. Minha táctica é falar-te e escutar-te, construir com palavras uma ponte indestrutível. Minha táctica é ficar na tua lembrança não sei como nem sei com que pretexto, mas ficar-me

    Aos poetas clássicos
    Aos poetas clássicos

    Poetas niversitário, Poetas de Cademia, De rico vocabularo Cheio de mitologia Se a gente canta o que pensa, Eu quero pedir licença, Pois mesmo sem português Neste livrinho apresento O prazê e o sofrimento De um poeta camponês. Eu

    Venceremos?
    Venceremos?

    Um cão ladra imerso na imensa noite. O seu bafo quente Choca-se com o hálito frio Da gigante cidade. Estranho dragão Em vez de fogo expele vapor. E os caninos amarelos Sob os holofotes alvos da lua. Contra quem

    Tempos secos
    Tempos secos

          O rosnar contínuo dos veículos irrita. Atravessar a rua é arriscado ato de sobrevivência. A cidade que devia ser morada do homem virou condomínio exclusivo dos automóveis. Os pedestres esgueiram-se, acossados nas faixas sempre invadidas pelas rodas. A