Ai quem me dera uma feliz mentira que fosse uma verdade para mim! J. Dantas Tu julgas que eu não sei que tu me mentes Quando o teu doce olhar pousa no meu? Pois julgas que eu não sei

      Acho que era uma tarde. Ele chegou à casa da sogra e encontrou um pacotinho. Era uma menina. Um bebê pequenino. Não sei como foi parar em seu colo. Sei que depois de algum momento, ela estava debruçada

– desça mais, lá mais abaixo tudo vale quanto pesa e muito mais pesa o que a libra despreza. – o fantasma é feito de estanho; o nirvana é feito de níqueis; o sonho é feito de mármore;  é

      O colorido das bandeirolas, enfeitando a varanda, anunciava que o Sítio Esperança estava em festa.              Era junho, mês de arraial!  Mês que reverenciamos nossos Santos – Santo Antônio, São João e São Pedro.              Final

O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas

      Não estou enxergando nada, estamos numa caverna?       Não. Estamos num congestionamento dentro do túnel.       Nesse caso, por que não vejo o ponto de luz da saída?       A saída está distante e lá fora também não há

O mais esplêndido não é a beleza, por profunda que seja, mas a clássica tentativa de beleza, em meio o charco: a estrada interrompida, abandonada quando a nova ponte finalmente entrou em uso. Ali, de ambos os lados de

Já estou velho nesta cidade Mas nunca minha vida havia Se deparado com aquela rua. Nada sabia daquele alpendre quase azul. E nem daquele canteiro de roseiras tão idosas Quanto a senhora que o rega toda manhã.   As

É assim que leio uma carta fecho a porta do quarto e me asseguro que está trancada para que não me fuja a excitação aí me afasto da porta para não ser surpreendida se alguém bater aí olho as

      Que peso e significado tem o ato de fazer literatura, em um mundo cada vez mais açoitado por marés de violência, estupidez e insensibilidade? Em um mercado onde tudo se vende, qual o valor daquilo que não tem