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    Colunas

    O Riso do palhaço sem alegria
    O Riso do palhaço sem alegria

          Outro dia alguém, não sei bem porque e quando, me disse que a vida era um presente divino, e que devíamos saber aproveitá-la, e jamais esquecer de agradecê-la, quem quer que fosse o padrinho. E que por pior

    Prestes do Brasil (1949)
    Prestes do Brasil (1949)

    Brasil augusto, quanto amor quisera para estender-me em teu regaço, para envolver-me em tuas folhas gigantes, em desenvolvimento vegetal, em vivo detrito de esmeraldas: espiar-te, Brasil dos rios sacerdotais que te nutrem, dançar nos terraços à luz da lua

    Conto de andar cantante
    Conto de andar cantante

          Vinha Maria pela fonte, colhendo vênias e pensando na vida mais que vivida. Parou diante do charco, reparou nas rãs, nas jias, nos sapos – que é tudo bicho diferente, embora parente. Cansada de olhar tanto, sorriu anfíbia,

    Lição de conhecimento de Deus
    Lição de conhecimento de Deus

          Naquele tempo o menino ainda não desconhecia Deus. Tinha ouvido as pregações de sua mãe, a catequese das árvores e dos bichos do mato. De natural, já nascera convertido, num proselitismo doce, embalado ao colo e numa redinha

    As últimas palavras da minha avó inglesa
    As últimas palavras da minha avó inglesa

    Versão abreviada de um poema publicado pela primeira vez em 1920 Havia alguns pratos sujos e um copo de leite na mesinha ao lado dela junto à cama rançosa, em desordem – Encarquilhada e quase cega ali jazia roncando

    Trova do Novo Mano da Periferia
    Trova do Novo Mano da Periferia

    O mano da periferia chega do trampo às oito Sem jantar, pega o material da escola e sai contente Nunca assiste ao Jornal Nacional, está afoito: -Ele vê o mundo com seus próprios olhos: de frente!  Antônio Carlos Affonso

    O jornaleiro
    O jornaleiro

    No fulgor da manhã, Com a voz já rouquenha, Ele alardeia a mercadoria: Um terremoto que ceifou milhares, Um novo escândalo de corrupção, A velha onda de fome na África. Mas o que escandaliza É ele mesmo. Ele é

    Florir – é um fim – casualmente
    Florir – é um fim – casualmente

    Florir – é um Fim – casualmente Vendo uma Flor no campo Talvez sequer alguém perceba A sutil Circunstância Que há na Lúcida Tarefa A tal custo cumprida Para se abrir qual Borboleta Ao Sol do meio-dia – Encher

    Os caminhos do carinho
    Os caminhos do carinho

    Às vezes somos impelidos a ser abelhas que saqueiam mil flores sem, entretanto, conhecer nenhuma. Em que lagos de prazer mergulhamos quando, de fato, conhecemos uma flor?! Que maravilha ouvi-la, saber sua história saber que pragas e ervas daninhas

    Leco Caiado
    Leco Caiado

          Hoje, talvez haja festa no arraial das moto-serras, dos garimpos clandestinos, das pindas, das bóias, dos aranzéis e redes ilegais. Pode haver alívio nos acampamentos dos caçadores, dos pendurados à espreita nas esperas nos pé de tamburil, pequizeiros