Namoro
Mandei-lhe uma carta em papel perfumado e com letra bonita eu disse ela tinha um sorrir luminoso tão quente e gaiato como o sol de Novembro brincando de artista nas [acácias floridas espalhando diamantes na fímbria do mar e
Mandei-lhe uma carta em papel perfumado e com letra bonita eu disse ela tinha um sorrir luminoso tão quente e gaiato como o sol de Novembro brincando de artista nas [acácias floridas espalhando diamantes na fímbria do mar e
O esquecimento é a maior defeito da alma humana. Lembrar e ser lembrado é o destino do homem. A única certeza entre as ilusões da vida é a do que restou da efêmera jornada. Mais que um punhado
Chega! Já foi longe demais o erro do estouvado Colombo: essa impostura ocidental. Esse percurso louco de saques e infâmias. Vejam que confusão as duas invenções coloniais infernais: as Índias acidentais e o “rio das Amazonas”… Matem logo
amada minha amada a revolução não é um conto e uma borboleta não é um elefante como agarrá-lo devagarinho o menino ia comendo o peixe frito assim como quem toca gaita-de-beiço * o passado é uma laranja amarga a
I Que bom, assim, de golpe, desenterrar teu nome, amigo; ser de novo, ao pé de ti, a mão que reencontra aquela antiga mão, aquele mistério de homem que punha sua vida, suas potências a desandar caminhos sem paradas!
Nem bem tinha crariado o dia, o Marigheti já tava de pé. Custumado co´as pescaria, passô parte da noite arrumano as tráia. Foi até o quarto e viu que a muié tava durmino que nem um anjo. Caçô
A mentira nem sempre Provém da vileza. Às vezes é a verdade oprimida. As Delícias do Amargo & Uma Homenagem poemas – Adalberto Monteiro Editora Anita Garibaldi, 2006 Adalberto Monteiro, Jornalista e poeta. É da direção nacional do PCdoB.
Minas não é um estado geográfico delimitado, num mapa marcado, por divisas e limites cercado. É um estado de espírito, Um jeito de alma Que transpõe serras e cerrados, Atravessa montanhas, vilarejos E põe em nossas bocas Este gosto
“Eu não deveria te dizer,/mas esta lua, este conhaque/deixam gente comovido como o Diabo”. Carlos Drumond, o anjo gauche, vindo das montanhas de Minas, escreveu estes versos por saber que os anjos são impassíveis às nossas angústias, e