Logo Grabois Logo Grabois

Leia a última edição Logo Grabois

Inscreva-se para receber nossa Newsletter

    Colunas

    Zóio preto
    Zóio preto

    Morena, ocê me mata Tudo dia um cadinho Me frecha cum teu oiá Me esmaga cum teu jeitinho No jardim adonde ocê vive Têm muitas frô prefumosa Tem a hortência, tem o cravo E tem ocê , feito rosa

    Monangamba
    Monangamba

    Naquela roça grande não tem chuva é o suor do meu rosto que rega as plantações; Naquela roça grande tem café maduro e aquele vermelho-cereja são gotas do meu sangue feitas seiva. O café vai ser torrado, pisado, torturado,

    Na idade do bronze
    Na idade do bronze

    Um Ilustríssimo, Num busto de bronze. Nódoa na beleza da praça. Nenhuma honra e alguma utilidade. Os ouvidos entupidos de cera. Dos buracos das narinas escorre brilhante líquido. As abelhas fizeram do oco de sua cabeça Uma fábrica de

    Fernando Pessoa, alguém melhor que Ele mesmo
    Fernando Pessoa, alguém melhor que Ele mesmo

          “A constituição do seu espírito condenara-o a todos os anseios. A do seu destino, abandoná-los todos”. A aparente oposição entre destino e espírito em uma só pessoa é um truque ou recurso estilístico inerentes à personalidade pluriforme de

    Deixem o bandeirante em paz
    Deixem o bandeirante em paz

          Goiânia é um susto. Assustou os descampados da Campininha, quando Pedro Ludovico chegou e, em nome do Estado Novo, ordenou: Faça-se a cidade! Susto maior Goiânia deu no velho Goiás. Mudou rumos, ensinou caminhos, mudou rosto e fala.

    A verdadeira estória da invenção das Amazonas
    A verdadeira estória da invenção das Amazonas

    Aqui-agora o sol aceso na feira Meio-dia panela no fogo barriga vazia Macaco torrado na beira da baia Dona Maria noite e dia à ilharga do fogão Margem do tempo e da chuva Semarias e ilhas do esquecimento Roteiros

    Queda de Allende
    Queda de Allende

    A luz da manhã era leitosa e não se via o leiteiro na esquina da Carlos Sampaio      Desci com dois litros vazios atravessei o conjunto residencial do outro lado da praça havia uma fila de gente comprando leite

    Eviterno amor
    Eviterno amor

    Essa história do amor, que a uma só vida Bilhões extrai, prolífico e fogoso, Essa – oh! gênero humano desditoso! – Enche o tempo, enche o espaço, indefinida… Adão, o arrependido, e a arrependida Eva, ei-los avexados, ante o

    Viola Caipira
    Viola Caipira

    Côs braço cheio de fita, Ainda me acho bonita, Meu pená ninguém atina Mêmo amarrada de imbira, Não lamento minha sina: -Sô a viola caipira! Imbora vancê se admira, Mêmo pindurada num prego, Minhas lembrança carrego, -Queria que vancê

    Minha condicional
    Minha condicional

    se desse olvidava minhas senhas de tarjetas magnéticas se desse descia à natural natureza dessa maçã largada na geladeira murchando vermelha até virar uma chama gelada laranjada de podridão se desse me amassava bem assava meu sangue nos teus