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    Colunas

    Pelos bares de Baco
    Pelos bares de Baco

    (Diário de bardo) 1.Nossa vida se empobrece quando aceitamos que alguma coisa é para sempre. 2.Um sinal de que não estamos mortos é o cuidarmos do presente como se nele estivesse presente tudo o que mais importa. 3.Desarvorados alvoroçam-se

    Poemaçu
    Poemaçu

    Palavra por palavra Gota a gota se faz o Amazonas Discurso aqüífero na árvore Das palavras. O rio sobe pelas folhagens Para a cabeceira das chuvas Nuvens são esponjas Carregadas de lendas Estirões de sonhos Apascentam boiadas E fazendas

    Revisitando
    Revisitando

          Eles se encontraram em um inverno chuvoso de algum lugar no futuro. E ao reconhecê-lo, ela só lembrava de um dia ter me dito Ele é a pessoa mais especial que existe nessa cidade. Mas a vida dela

    O torcedor
    O torcedor

          Uma vez por semana, o torcedor foge de casa e vai ao estádio.         Ondulam as bandeiras, soam as matracas, os foguetes, os tambores, chovem serpentinas e papel picado: a cidade desaparece, a rotina se esquece, só

    Noveleta  – outro capítulo da retomada
    Noveleta  – outro capítulo da retomada

          O velho Tonho, quando soube da presença do filho no quarto dos fundos, estremeceu. Pôs-se a balbuciar uns meus jesus e minhas nossas senhoras, e perguntava a um auditório interior o que é que ele vinha fazer; por

    O Mundial de 38
    O Mundial de 38

          Max Theiler descobria a vacina contra a febre amarela, nascia a fotografia em cores, Walt Disney estreava Branca de Neve, Eisenstein filmava Alexandre Nevski. O nylon, recém inventado por um professor de Harvard, começava a transformar-se em pára-quedas

    O gol olímpico
    O gol olímpico

          Quando a seleção uruguaia voltou da Olimpíada de 1924, os argentinos lhe ofereceram uma partida de comemoração. A partida foi jogada em Buenos Aires. O Uruguai perdeu por um gol.       O ponta esquerda Cesáreo Onzari foi o

    O dia em que Dudu atravessou a rua
    O dia em que Dudu atravessou a rua

          Carros, motos, ônibus e caminhões avançavam, soltando fumaça pelas ventas, raivosos, buzinavam. Mas ele ziguezagueou e chegou ao outro lado inteiro. De cuecas, atravessou a avenida. Levava consigo uma fraldinha velha, quase um farrapo, a chupeta cor-de-rosa amarrada

    Noveleta – mais um capítulo da retomada
    Noveleta – mais um capítulo da retomada

          Bento, mal soube da chegada do amigo, correu à casa de dona Maria. Chegou logo perguntando por ele. Com um gesto de cabeça, a velha indicou o quarto dos fundos.       Lá se foi o nêgo.        

    Cântico do Calvário
    Cântico do Calvário

    À memória de meu filho, morto a 11 de dezembro de 1863. Eras na vida a pomba predileta Que sobre um mar de angústia conduzia O ramo da esperança. – Eras a estrela Que entre as névoas do inverno