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    Colunas

    A Coroa de Tom: sobre os desempregados
    A Coroa de Tom: sobre os desempregados

    Tom – coroado em duro e puro aço, Tom; seu irmão botadesbotado empilha a enxada, Fazendo faísca no chão rumo ao lar – Dick, camarada; Tom Cor-e-ação, Obreiro Tom: só quer o seu pedaço De pão, e cama agora.

    Autodeterminação (em memória de Edvar Bonotto)
    Autodeterminação (em memória de Edvar Bonotto)

    Lição da míngua transplantada        Na Amazônia, o estado precedeu à sociedade. Que sociedade? Se o estado foi o Maranhão e Grão-Pará (1621), a sociedade seria o pequeno ajuntamento de enganados nos Açores e outros pobres lugares pela falsa

    A Queima dos Livros
    A Queima dos Livros

    Quando o Regime ordenou que queimassem em público Os livros de saber nocivo, e por toda a parte Os bois foram forçados a puxar carroças Carregadas de livros para a fogueira, um poeta Expulso, um dos melhores, ao estudar

    Noveleta: capítulo de uma nova retomada
    Noveleta: capítulo de uma nova retomada

          Era menina, mas não era besta. Percebeu que aquele olhar dele não era olhar de irmão. Quase que sentiu-se apalpada. Não tinha também como negar que uma coisa lhe subiu lá dentro e veio lhe queimar o rosto.

    Um herói do caralho
    Um herói do caralho

          Nasceu o herói. Nasceu de geração espontânea, digo, nasceu de um rabisco à lápis, inspirado nas coxas da pesquisadora, debruçada sobre os livros na biblioteca. Ainda sem saber se era pássaro ou gente, o herói queria mesmo era

    A nudez dos falocratas
    A nudez dos falocratas

    O homem freudiano respira mal: tem o peito trancado a sete chaves de angústia, e tem na alma muralhas de medo. Nas masmorras dos nervos trancou o cerne do Ser. O falocrata coloca o pênis em um altar, e

    Você, por mim
    Você, por mim

          Venha bem devagarzinho e sente aqui, com a cabeça bem virada pra mim, que é para eu saber dos teus olhos em mim. Que é para eu saber de ti. Porque quando tuas jabuticabas rolam para longe nem

    Vestibular
    Vestibular

    Paulo Roberto Parreiras desapareceu de casa. Trajava calças cinza e camisa branca e tinha dezesseis anos. Parecia com o teu filho, teu irmão, teu sobrinho, parecia com o filho do vizinho mas não era. Era Paulo Roberto Parreiras que

    Mensagem aos poetas novos
    Mensagem aos poetas novos

    A poesia é simples. Vejam como a lua úmida Surge das nuvens Livre e indiferente. Vejam o silêncio que nasce Dos túmulos, nas madrugadas! A poesia é simples. O canto é pobre e puro Como o pão e o

    Vivam os finados da nossa vida!
    Vivam os finados da nossa vida!

    Façamos como los hermanos mexicanos Grandes vivas aos mortos que nos fizeram viver Desde a outra metade da vida querida e sentida Nesta vida. Façamos um grande brinde à inevitável morte Para não decair na lembrança dos que virão