A Berlim
Vós os vereis surgir da aurora mansa Firmes na marcha e uníssonos no brado Os heróicos demônios da vingança Que vos perseguem desde Stalingrado. As mãos queimadas do fuzil candente As vestes podres de granizo e lama Vós os
Vós os vereis surgir da aurora mansa Firmes na marcha e uníssonos no brado Os heróicos demônios da vingança Que vos perseguem desde Stalingrado. As mãos queimadas do fuzil candente As vestes podres de granizo e lama Vós os
– Vem cá Brasil. Deixe eu ler a sua mão, menino. Ponha agora um tostão pra buena – dicha. Repare esse traço forte que você tem na mão, menino. É a linha da vida. Você tem o Amazonas. Nunca
Tarde (Cia das Letras, 2007) é, sem dúvida, um livro superior à maioria dos lançamentos de poesia contemporânea deste ano. Ele reúne a mais recente produção do respeitado professor, tradutor e poeta carioca Paulo Henriques Britto. Com Macau
Dos administradores que me precederam uns dedicaram-se a obras urbanas; outros, inimigos de inovações, não se dedicaram a nada. Nenhum, creio eu, chegou a trabalhar nos subúrbios. Encontrei em decadência regiões outrora prósperas; terra aráveis entregues
Desse modo, eles nos fazem sentir que somos parte de um todo maior, de um mundo global e, ao mesmo, tempo, de um mundo local, com costumes, contradições e uma cultura própria. Esses dois aspectos da realidade – o
Marginália II (1967) Eu, brasileiro, confesso Minha culpa meu pecado Meu sonho desesperado Meu bem guardado segredo Minha aflição Eu, brasileiro, confesso Minha culpa meu degredo Pão seco de cada dia Tropical melancolia Negra solidão: Aqui é o fim
A mulher levava uma existência pela metade, em prisão domiciliar decretada pelo marido, e com o aval e a cumplicidade dela mesma, a sua vítima preferencial, se bem que este tipo de erosão do ser sempre atinge outras
Penso, logo insisto: o jargão “pensar globalmente, agir localmente” precisa ser, verdadeiramente, ecológico-economista. Produzir – distribuir – consumir, não é brincadeira, não… Merece, no mínimo, complementação lógica: pensar o lugar, inter/agir no global… Em verdade eu vos digo:
A coluna vai na frente Dos homens, das mulheres, das crianças. A coluna deita no leitos dos rios, A coluna se levanta, rasga matas, A coluna vai na frente, Vai mostrar o caminho ao país, A coluna marcha, O
O jardim estava em rosa ao pé do Sol E o ventinho de mato que viera do Jaraguá, Deixando por tudo uma presença de água, Banzava gozado na manhã praceana. Tudo limpo que nem toada de flauta. A gente