Aconchego da vida burguesa
A tendência que todos temos para inércia, o rei da pérsia tem. E ficar parado é tão natural, você não acha? Natural como quem agacha pra… defecar. Quem está parado já não pode parar, então curte paixão
A tendência que todos temos para inércia, o rei da pérsia tem. E ficar parado é tão natural, você não acha? Natural como quem agacha pra… defecar. Quem está parado já não pode parar, então curte paixão
(Crônica-poema para Hélio Pellegrino) Nesta límpida manhã de março o telefone ainda não anunciou a morte do amigo. A lagoa e as montanhas sabem já que algo morreu longe de mim e, no entanto, disfarçam a notícia numa cumplicidade
— Engole o choro menino, engole! A austera mão paterna Proporcionou-me prazeres Que sem ela não desfrutaria jamais. É um ultraje, no sertão, rejeitar qualquer alimento. Roer a casca da banana, Comer vivos uns invertebrados De nome saramundongo, Puro
As madrugadas e as noites aqui mal se distinguem. O ziguezague dos estorninhos sobre as torres de guarda nos dias de luta, minhas únicas asas, um fio de ar polar, o olho do carcereiro pela portinhola, o escalar de
A literatura na periferia não tem descanso, a cada dia chega mais livros. A cada dia chega mais escritores, e, por conseqüência disso, mais leitores. Só os cegos não querem enxergar este movimento que cresce a olho nu,
O ESPOSO – Por que desejas contemplar a Sulamita Quando entra na dança De Mahanaim? Como são graciosos Os teus pés nas tuas sandálias, Ó nobre princesa! Teus quadris Têm o contorno das jóias Buriladas Por mãos de mestre.
Num tempo talvez inimaginável, em que as leis (para bem ou mal) regulassem verdadeiramente tudo, alguém deveria lembrar-se de baixar um decreto sobre a publicação de livros de poesia: “livro de poemas – não se publica mais avulso,
Nos altos cerros erguido Ninho d’águias atrevido, Salve! – País do bandido! Salve! – Pátria do jaguar! Verde serra onde os palmares – Como indianos cocares – No azul dos colúmbios ares Desfraldam-se em mole arfar!… Salve! Região dos
Não sobrou nada. Nada mesmo. Nenhum desenho. Nem o motivo pra escrever em verso e em prosa como resgate das fotografias da mente em resistência épica mesmo que às vezes… às vezes sinto o coração acelerado como
Neste últimos anos, acompanhamos em todo o mundo uma série de discussões e de debates, além de uma rica elaboração de conteúdos, acerca deste tema tão intimamente ligado à recriação de um novo código de respeito aos direitos