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    Colunas

    O descobrimento da pólvora
    O descobrimento da pólvora

    Os dentes explicam a dor que se esvai do cano do revólver como devolver a lucidez do justo que se esconde  atrás do fuzil os dentes rangem a dor que baila o girar da metralhadora como devolver a dor

    Soneto
    Soneto

    Amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário

    Grosso modo
    Grosso modo

    A fome, a solidão, o medo nos olhos. A fome, a solidão, o olhar de apelo. A fome, a solidão, um olhar triste de dar medo. A fome, a solidão, o medo nos olhos De uma criança e de

    Mesmices e efeitites
    Mesmices e efeitites

          Preciso declarar logo no início desta matéria: vou escrevê-la misturando a linguagem das artes plásticas com a das artes gráficas e com alguns termos da informática. Enfim, pretendo bagunçar o coreto, mas com a melhor das intenções. Demonstrar

    Gramatiquinha (*)
    Gramatiquinha (*)

    Prefácio [1]       Antes da Introdução um prefácio pequeno verdadeiramente humilde. Esta é a primeira vez em que me sinto verdadeiramente tímido ao publicar um livro e incerto sobre a validade deste. É certo que estudei até o possível

    Salve a putaria
    Salve a putaria

          Caminho pela rua e encontro um social democrata, desses que acreditam no mercado. Ele quer me mostrar um novo projeto cultural. “Vamos tomar um café?” Não obrigado, estou atrasado. Um motoqueiro xinga e o cara do carro responde:

    Embriaguem-se
    Embriaguem-se

          É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.       Com quê? Com vinho,

    O pagode
    O pagode

    Lá do bar, vem o rumor do pagode. Os tambores ruflam, apesar do chicote. Os socos no couro do instrumento Trazem-me de volta à razão. Se os negros, dos quais descendo, Não se renderam ao banzo e ao relho

    A feira do povo
    A feira do povo

    No sertão nordestinado a feira do povo é uma economia de centavos São ovos ambicionados de um viver sextavado Um real é dinheiro digno de consideração e apreço Galinha do pé seco não dá pra quem quer Zé da

    Do Desejo II
    Do Desejo II

    Quem és? Pergunto ao desejo. Respondeu: lava. Depois pó, Depois nada. II Ver-te. Tocar-te. Que fulgor de máscaras. Que desenhos e rictus na tua cara Como os frisos veementes dos tapetes antigos. Que sombrio te tornas se repito O