A nave fantasma
ERRÂNCIA. Apesar de que todo amor é vivido como único e que o sujeito rejeite a idéia de repeti-lo mais tarde em outro lugar, às vezes ele surpreen-de em si mesmo uma espécie de difusão do desejo amoroso;
ERRÂNCIA. Apesar de que todo amor é vivido como único e que o sujeito rejeite a idéia de repeti-lo mais tarde em outro lugar, às vezes ele surpreen-de em si mesmo uma espécie de difusão do desejo amoroso;
Minha matéria são dos diários. Nada mais verdadeiro. Objetivo. E nada mais falso. Nada mais verdadeiro na sua falsidade. Nada mais falso na sua verdade percecível vendida na banca. O que me reserva a verdade do dia
Foi assim: chegou, distribuindo sopapo, dando rabo de arraia, arregaçando a banca. Depois partiu pra dentro do Josias, deu-lhe três catiripapos, embolou-se com ele no chão, fez miséria na cara do coitado – navalha correu da têmpora ao
Nosso Araguaia querido, Praia dos homens-canoas, Divisa do Cativeiro, Giro da Bandeira Verde, Porteira do Latifúndio, Banzeiro da Indignação, Guerrilha de Ventanias, Mar Vermelho da Esperança, nosso Araguaia querido! Pedro Casaldáliga Versos Adversos – Antologia Editora Fundação Perseu
Há quase 40 anos, recém-instalado no Recife – vindo de São Paulo, oriundo da Itália – recebi um convite para conhecer o pintor Lula Cardoso Ayres, visitando-o no seu ateliê. Simpatizamos à primeira vista, entabulando uma longa conversa
À grande maioria da população brasileira cabe quase sempre unicamente a função de “torcer” por um dos contendores: no futebol, na política, na novela, nas questões sociais, etc. A relação intrincada entre futebol, economia, política e vida social
Portinari saiu – dizia Portinari. Por um instante espiava, batia a porta e desaparecia. Eram os anos trinta, caçada de comunistas no Brasil, e Portinari tinha se exilado em Montevidéu. Ivan Kmaid não era daqueles anos,
Duas pérolas Dum volume avantajado. Os bicos Extremidades de punhais. Dois animais tropicais Dum tamanho Que ostra alguma Do Pacífico Ousou gestar. E uma boca Ao que parece suicida ou Destituída de senso de perigo Desaba sobre eles.
Daqui de onde vejo o mar De onde a lua já se foi Revisito meu coração Com o vento que SOPRA E me pede calma Deixando que minha alma Se liberte de mim Solta, livre Em seu ritmo Daqui
Estou com vida mas estive sempre à espera De viver. Não sei por que estou isolado e só Sentimos a inutilidade em existir. Se houver Deus É de violência; nos deixa apodrecer ainda caminhando É o dono de moléstias