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    Colunas

    Eva
    Eva

    Quando a serpente estendeu a Eva a maçã, falou-lhe com uma voz, que ressoava por entre as folhas como uma sineta de prata. Mas acontece que ainda sussurrou depois algo mais em seu ouvido com calma, muita calma, calmamente

    Geração
    Geração

    Vivíamos no intestino do recife e o capibaribe era um prato de sonhos onde digeríamos versos vai longe o tempo em que fuzis e baionetas poderia ser canto enternecido e libre geração ácida que diluía a alma em álcool

    Fauna Empalhada
    Fauna Empalhada

    A garça, o tuiuiú, a onça amarela pintada. De louça e ferro Vejo-os na avenida sobre o verde da grama. Da janela de um esplêndido carro, uma criança Olha com espanto e encanto. Os meninos no porvir só os

    Um passado chamado domani
    Um passado chamado domani

          Quanto mais o tempo passa, isto é, quanto mais a gente envelhece, mais cresce a vontade dos escrevinhadores em traçar e explorar assuntos autobiográficos. Sempre estive consciente disso, prometendo a mim mesmo que não cairia nessa, à medida

    A invenção da esperança
    A invenção da esperança

          A paisagem da vida muda toda vez que a vemos, e quem a vê jamais é o mesmo. Mudam a paisagem e o viajante, na sopa quântica da eterna mudança. Não há quem mude, não há o que

    A nave fantasma
    A nave fantasma

    ERRÂNCIA.       Apesar de que todo amor é vivido como único e que o sujeito rejeite a idéia de repeti-lo mais tarde em outro lugar, às vezes ele surpreen-de em si mesmo uma espécie de difusão do desejo amoroso;

    Carandiru: Pavilhão 111
    Carandiru: Pavilhão 111

    Minha matéria são dos diários. Nada mais verdadeiro. Objetivo. E nada mais falso. Nada mais verdadeiro                              na sua falsidade. Nada mais falso                              na sua verdade percecível vendida na banca. O que me reserva a verdade do dia

    Noveleta
    Noveleta

          Foi assim: chegou, distribuindo sopapo, dando rabo de arraia, arregaçando a banca. Depois partiu pra dentro do Josias, deu-lhe três catiripapos, embolou-se com ele no chão, fez miséria na cara do coitado – navalha correu da têmpora ao

    Araguaia
    Araguaia

    Nosso Araguaia querido, Praia dos homens-canoas, Divisa do Cativeiro, Giro da Bandeira Verde, Porteira do Latifúndio, Banzeiro da Indignação, Guerrilha de Ventanias, Mar Vermelho da Esperança, nosso Araguaia querido!   Pedro Casaldáliga Versos Adversos – Antologia Editora Fundação Perseu

    Esses publicitários que pintam e bordam
    Esses publicitários que pintam e bordam

          Há quase 40 anos, recém-instalado no Recife – vindo de São Paulo, oriundo da Itália – recebi um convite para conhecer o pintor Lula Cardoso Ayres, visitando-o no seu ateliê. Simpatizamos à primeira vista, entabulando uma longa conversa