Urbe
hoje na minha boca não cabem girassóis cabe um poemapodre cheiro de mangue capibaribe um poemaponte galeria esgoto chuvas de abril um poemacidade fumaça ferrugem fuligem hoje na minha boca cabe apenas o poema
hoje na minha boca não cabem girassóis cabe um poemapodre cheiro de mangue capibaribe um poemaponte galeria esgoto chuvas de abril um poemacidade fumaça ferrugem fuligem hoje na minha boca cabe apenas o poema
Assim seguem, pelas ravinas. a defender-se de agrestes espinhos e do sol abrasador, quem nasceu marcado nos primeiros dias – assim como o gado, tendo como destino um futuro mofino. Em vaquejadas de lida e festa tem as alegrias
– Quem fere a palma doce até a entranha há de também sofrer açoite e ter a costas a arder em chamas? – Há de perceber, meu filho, como todos, suas dores – feito o Cristo, que padeceu os
Vão, minhas canções, vão simbóra que este pilati nem vale cem pilas é só um ninguém cravejado de agravos e decepações vão, vão lutar10 rounds com jesus cristo vão rebentar a teia e a manha do homem-aranha vão levar
Dia 15 de março comemora-se o dia do circo, comemora-se não, lembra-se. Pois não há nada a comemorar, a situação dos circos não tem a menor graça. Outra coisa que contribui para isto é a banalização da imagem do
Dá-nos, Senhor, aquela Paz inquieta que denuncia a paz dos cemitérios e a paz dos lucros fartos. Dá-nos a Paz que luta pela Paz! A Paz que nos sacode com a urgência do Reino. A Paz que nos invade,
Para Anamaria Agora sei que sou. Sou pouco, mais sei muito, porque sei o poder imenso que morava comigo, mas adormecido como um peixe grande no fundo escuro e silencioso do rio e que hoje é como uma árvore
Sem dúvida, uma das dificuldades com a qual nos defrontamos para a representação viva de obras clássicas é a excessiva quantidade de pó e mofo que repousa sobre elas. Distantes das mazelas cotidianas dos simples mortais, elas passam
Conta-se que três cavaleiros, depois de comandarem o cerco a uma fortaleza com seus exércitos, aproximaram-se da muralha a uma distância que podiam ser vistos pelo rei sitiado. A vista deles, o rei perguntou a um dos seus
Ai Jesus! não vês que gemo, Que desmaio de paixão Pelos teus olhos azuis? Que empalideço, que tremo, Que me expira o coração? Ai Jesus! Que por um olhar, donzela, Eu poderia morrer Dos teus olhos pela luz? Que