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    Colunas

    Ô, sofrimento!
    Ô, sofrimento!

          Não sei se os senhores sabem: me mudei. Deixei a Capital Federal para amarrar a minha jéga em Aracaju, também capital, só que de Sergipe del Rey – que há muito deixou de ser do rei e, há

    A imaginação do Brasil
    A imaginação do Brasil

          Em Brejo das Almas, coletânea de poemas publicada em 1934, Drummond atestava com violência a dificuldade de se conceber uma nacionalidade dentro do problemático contexto histórico brasileiro do início do século 20. O poema é “Hino nacional”, mas

    As margens do rio Carícias
    As margens do rio Carícias

          O meu professor de latim dizia que os sentidos figurados das palavras pertencem à margem esquerda do rio da linguagem, pois o lado direito é território exclusivo dos significados concretos, entrecortados por uma imensidão de outros rios que

    O Cão sem Plumas
    O Cão sem Plumas

    II Paisagem do Capibaribe (…) entre a paisagem o rio fluía como uma espada de líquido espesso. Como um cão humilde e espesso. Entre a paisagem (fluía) de homens plantados na lama; de casas de lama plantadas em ilhas

    Aniversário
    Aniversário

    As bebidas. O violão. Os casais. Os casos passados com este e aquele. Falam alto e como riem! A fumaça, as baganas de cigarro pela sala. Um livro. Uma gravata. Uma garrafa de vinho. Uma calça de linho e

    A propósito de uma coletânea de crônicas
    A propósito de uma coletânea de crônicas

          Já vivi a experiência de compor um livro, selecionando um punhado de crônicas de minha autoria. Acho que o resultado foi satisfatório, sobretudo porque deixei a tarefa da escolha das matérias a cargo de um amigo leitor, dono

    A Inimiga
    A Inimiga

    Terás que enfrentar o fel de minha cítara, a ira de minha lira. De ódio a ti, os lírios adquiriram espinhos. Recebi ordens expressas da lua para te enforcar em praça pública.   Versos do Amor & Outros Versos

    Bolas de vidro
    Bolas de vidro

    (para Luciano Siqueira)   sob as patas dos cavalos o asfalto de vidro derrapa a farda   os  meninos brincam com bolas-de-gude   os soldados de chumbo em posição de ataque empinam cachorros e sacam baionetas   as meninas

    Cheiro Forte
    Cheiro Forte

          De que moeda o poeta se vale quando entrega um poema à sociedade de leitores? Que moeda recebe ele em troca dos contemporâneos?       O repertório de respostas é variado e pode ser levantado à exaustão. Se por

    A caixinha de Alice
    A caixinha de Alice

          Alice tinha uma caixinha que o avô dela mesmo fez, quando derrubaram o ipê bem antigo da frente da casa em que eles moravam. Hoje nem mais casa tem, que construíram um edifício daqueles muito altos. Ele, o